Segurar toda a população de um país dentro de casa é um dos maiores problemas que a pandemia do novo coronavírus trouxe à tona. Cada governo tem suas propostas e medidas de restrições para conter o avanço do contágio do vírus, logo Marrocos e Moçambique demonstram esse contraponto de firmeza no regular das rédeas. Enquanto um prende quem sai às ruas o outro acata o pedido popular e afrouxa as regras.
Só nesse último fim de semana, o governo de Marrocos confirmou que mais de 4.300 pessoas foram presas no país por quebrar a quarentena imposta no combate à Covid-19. Desde o início do estado de emergência marroquino, regularizado em 19 de março, 28.701 pessoas foram detidas também por desobedecerem a ordem. O governo também colocou como obrigatório o uso de máscara para quem sair da residência, ameaçando a população com multas e prisão por até três meses. Até a manhã desta segunda-feira (13), são 1.746 infectados pelo vírus no país, que tem 120 mortos registrados pela doença.
Em contraponto, o governo de Moçambique acabou com algumas restrições, que tinham como objetivo diminuir a propagação do novo coronavírus, por conta da pressão social. Uma das medidas era a redução de passageiros no transporte público e a proibição de táxis e moto-táxis. Os protestos vieram à tona porque as restrições afetaram milhares de habitantes que precisam se deslocar diariamente para os serviços essenciais. Por razões econômicas, 'elas se tornaram inviáveis' como disse o presidente Filipe Nyusi da nação africana, que ainda não registrou óbitos, mas detectou 21 casos.
No Brasil, nenhuma lei federal dessa espécie foi decretada até o momento. Mas, alguns governadores sancionam medidas de restrições, como no estado de Mato Grosso, por exemplo, onde o governador Mauro Mendes decretou o uso de máscaras para quem sair de casa já a partir desta segunda-feira (13). Medida idêntica à tomada por Marrocos.