Uma aliança sem precedentes. Assim pode ser caracterizado o plano conjunto dos dois gigantes da tecnologia. O Google e a Apple anunciaram uma parceria que busca facilitar um dos grandes desafios que o planeta terá após a quarentena: como rastrear e controlar o novo coronavírus depois de a população voltar à rotina integral ou parcialmente.
Da forma mais direta possível, a opção tecnológica mais básica para tal questão é a criação de um aplicativo que seja capaz de detectar se o usuário do smartphone — ou de outro aparelho similar — foi exposto ao vírus. Isso seria possível no cruzamento de dados das informações coletadas de nossos celulares e também de nosso contatos. Logo, quando uma pessoa tiver testado positivo para Covid-19, seria de utilidade pública a notificação no aparelho de pessoas que estiveram recentemente perto do infectado. Essa medida permitiria que essas pessoas alertadas entrassem em quarentena, facilitando o governo local a controlar o foco da doença.
O caso de Singapura foi citado pelas empresas como um 'grande sucesso', mas a população do país asiático voltou à quarentena porque o aplicativo TraceTogether, usado pelo país, não atingiu 20% dos downloads entre a população e as infecções continuaram a crescer. Seria necessário cerca de 98% da população baixar o app para o número ser confiavelmente seguido.
Como funciona o app de Singapura
O aplicativo permite que seu uso constante com o bluetooth ligado, vá para uma central de dados que mostra a localização em tempo real e retroativa do usuário. Assim, ao juntar os dados de onde a pessoa esteve, o TraceTogether mostra com quem a pessoa interagiu, por quanto tempo e até a distância entre os dois corpos. Ao ser detectado, por acaso, com o coronavírus os médicos têm acesso ao histórico de interação do paciente justamente pelo app. Dessa forma, a equipe do hospital pode notificar as pessoas que estiveram com ele sobre a doença. Além de também conseguir rastrear o responsável por transmitir o vírus.