Ao contrário de seus vizinhos da América Central, o governo da Nicarágua, que ainda não registrou casos do novo coronavírus, segue promovendo turismo e atividades aglomerativas. Essa "normalidade" fazem com que os analistas considerem a opinião do presidente Daniel Ortega "irresponsável" e violam os direitos à saúde da população nicaraguense.

Embora exista um apelo em todos os países para se evitar aglomerações, na Nicarágua o governo convocou funcionários públicos para marchar no fim de semana, anunciar feiras e um plano de verão para continuar a receber turistas durante a semana de Páscoa.

Rosario Murillo, vice-presidenta e esposa do presidente Daniel Ortega, rotulou a marcha de "Amor em tempos de Covid-19" no final de semana passado, gerando críticas da oposição. "A Nicarágua continua sendo um país aberto", disse a vice. Em continuidade à linha de raciocínio, os portos nicaraguenses continuam recebendo cruzeiros. Inclusive, no fim de semana passado, um cruzeiro de turistas da Alemanha e da Suécia foi recebido por moradores e autoridades locais no porto de Corinto, no Oceano Pacífico.

Partido opositor ao atual governo, a Aliança Cívica pela Justiça e Democracia (ACJD) denunciou que convocar funcionários públicos para marchar 'é um ato de irresponsabilidade e, sem dúvida, os expõe ao perigo'.