Preconceito não é opinião
Foto: Agência i7/Mineirão

Durante a manhã, um texto rotulado como "opinativo" foi publicado falando a respeito de um assunto em voga nas redes sociais e nos programas de TV nesta última semana. O caso era de um torcedor do Palmeiras, assumidamente homossexual, questionando a homofobia nos estádios.

O responsável pelo texto recheado de homofobia e desinformação – duas coisas pelas quais o portal luta contra – foi desligado do site, e o conteúdo, retirado do ar. Que fique bem claro: a VAVEL Brasil e sua coordenação não concordam com a publicação feita.

Falando pela coordenação da VAVEL Brasil, tal publicação foi uma surpresa para praticamente todos que estão envolvidos no esforço de fazer este site andar. Surpresa que, ao ler tudo que havia contido no tal "texto opinativo", se transformou em revolta por conta da quantidade de "achismos" e determinações a torto e a direito, sem fonte explicitada ou forma de justificativa razoável.

Logo nós, que tentamos fazer um jornalismo diferente, fomos acometidos pela maior doença do Século XXI: o preconceito e a propaganda ideológica. A VAVEL Brasil é um portal que se orgulha de prezar e lutar para que todas as pessoas, de qualquer etnia, gênero, orientação sexual e estilo, sejam respeitadas. Mas não faz apologia a nenhum regime econômico ou social em suas publicações.

É exatamente por isso que estaremos sempre abertos a todo tipo de manifestação contra a LGBTfobia, seja nos estádios, seja nas ruas, ou em qualquer canto do mundo. Porque, em pleno 2018, acreditar que o esporte não é espaço para manifestações políticas é, no mínimo, ingenuidade, ou falta de conhecimento histórico.

A Democracia Corinthiana não existiu à toa. A imagem histórica de Tommie Smith e John Carlos, protestando contra o racismo nos Jogos Olímpicos do México, em 1968, também não. A luta de Barcelona e Athletic pela Catalunha e pelo País Basco é espetacular e importantíssima de ser respeitada, concorde ou não com as reivindicações. E os exemplos poderiam ser listados até o fim do ano.

Um texto repleto de desinformação a respeito de sistemas econômicos, com "achismos" e determinações sem a mínima base concreta para serem feitas, não representa a VAVEL Brasil e muito menos seus coordenadores.

Pessoalmente, gostaríamos de "dar nossa cara a tapa" e assinar o texto, para que fique claro que essa nota não se trata de uma "nota oficial" realizada apenas para pôr o assunto em panos quentes. A revolta de quem quer que tenha lido e criticado também é a nossa.

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