CRÍTICA | Bravestorm
Foto: Divulgação/ Albatross Japan/ Sato Comp.

Bravestrom é um clássico filme de tokusatsu, só que com menos ação e mais explicação. Tetarão juntar duas obras do gênero: Super Robot Red Baron, de 1973, e Silver Kamen (Silver Mask), de 1971. Só que o resultado acabou em um filme onde a dublagem se sobressai em cima de uma trama fraca, que ficou parecendo um filme do Red Baron com participação especial do Silver Kamen.

O COMEÇO

Começamos o filme em uma Tokyo apocalíptica em 2050, onde ocorre uma invasão de Kilgis, uma raça alienígena que transformou a atmosfera do planeta e o oxigênio foi quase que totalmente substituído por um gás tóxico aos humanos. Quem lança esse gás é o Black Baron (Barão Negro) um robô gigante, construído pelos Kilgis para espalhar o gás. Esse é o nosso problema.

No mesmo ato vemos um dos heróis Koji (Shunsuke Daito), que é o Silver Kamen, fugindo de um míssil lançado por Black Baron.

No ato seguinte o filme volta para 2018, onde conhecemos o nosso outro herói Ken Kurenai (Shu Watanabe), aí que o filme nos revela a dublagem caricata que o diretor pensou para Ken. O jovem Japonês que ficara na responsabilidade de pilotar o Red Baron, é um jovem praticante de Boxe dentro e fora das academias (onde participa de lutas ilegais). Ken também é um garoto "excêntrico" e disso saiu algumas perolas na dublagem como: "Mano", "Vou vazar", "Vamos para balada pegar varias GATINHAS" , "Agora você vai ver o que é bom pra tosse" entre outras perolas. Sei que foi uma tentativa de ilustrar um jovem de seus 20 anos. Mas na dublagem tem muita gíria fora de contexto que deixa o filme muito engraçado.

O propósito do começo é os jovens irmãos Koji e Haruka (Chihiro Yamamoto) viajarem no tempo, para encontrar uma solução que no futuro iria evitar o apocalipse. Nisso os dois voltam no tempo e salvam Ken de uma possível morte e explicam a situação.

Nisso Ken não entende nada , mas depois Koji e Haruka o levam para um galpão, onde o jovem  vê seu irmão Kenichiro Kurenai (Hisashi Yoshizawa), um gênio da robótica, que Koji e Haruka convencem a ajudá-los a construir um robô gigante capaz de evitar a aniquilação da humanidade.

Nisso Kenichiro conversa com Ken, que por uma promessa de infância, colocou a condição que ajudaria os dois a construírem um robô somente se Ken o pilotasse. E nisso terminamos a primeira parte do filme com os heróis apresentados, o problema e como o resolver.

O DESENVOLVIMENTO

Bem a historia de desenvolve com o excêntrico e prepotente Ken tendo que aprender a pilotar um robô gigante, sendo que a pessoa que ele mais confiava que era o irmão dele foi sequestrado pelos Kilgis. Agora ele tem a ajuda de Haruka que é mais paciente e Koji que queria ser o Red Baron, sendo que ele já é o Silver Kamen (ambicioso ele né?) tendo ali uma treta interna em vários momentos do filme com os dois protagonistas. Lembrando que a condição de Kenichiro para construir o Red Baron e assim derrotar o Black Baron e salvar o mundo foi que unicamente Ken o pilota-se.

O trama chega em parte em que Ken começa a "pegar as manhas do Red Baron" que tem um IA (Inteligencia Artificial) de Kenichiro, Essa IA recomenda que Ken faça o treinamento na lua para aprender a mexer no robô.

Nisso Ken e Hakura partem para lua, para Ken se aperfeiçoar com o robô. Coisa a qual eu não entendi, pois ele simplesmente ficou "esmurrando" a lua por dois dias e só voltou em dois dias por que o problema central da historia aconteceu antes do esperado.

Paralelo a isso Koji apenas ficou na terra imaginando onde Haruka e Ken foram parar com o Red Baron.

FINAL

A situação é a seguinte.  estamos em 2018 e a primeira aparição do Black Baron estava marcada para 2021. Mas como Kenichiro  foi sequestrado os Kilgis, conseguiram o projeto de como fazer um robô gigante e adiou em 3 anos a chegada do Black Baron e sua fumaça tóxica.

No momento em que Black Baron chega a terra. Somente Koji está no planeta. Ken e Haruka estão na lua com o Red Baron, que é a arma para resolver os problemas. Então Koji pega sua roupa de Silver e vai enfrentar o robô gigante e alguns Kilgis.

Claro que ele sozinho não iria resolver. Então sabendo da notícia Ken volta a terra com todas as habilidades para comandar o Red Baron (Que simplesmente e lançar foguetes e dar socos)  e salvar o dia.

Na batalha final vemos um pouco mais do conceito de Bravestorm (como um time) do que apenas uma historia do Red Baron. Cada um tem sua função fundamental na batalha. Destaque para Haruka que faz a batalha mais legal. (Sim teve um batalha mais emocionante, do que a de dois robôs gigantes) Na ultima cena temos uma deixa que terá uma continuação.

Bravestorm é um filme que tenta combinar dois universos diferentes do Tokusatsu, mais alguns personagens extras, que acabam se perdendo numa história totalmente focada no Red Baron. Vale à pena assistir se você gosta de ver robôs gigantes na telona, mas não espere nada de demais do filme. O que realmente se destaca é a dublagem, onde você dá diversas gargalhadas durante o filme, principalmente se você assistia Hermes & Renato na MTV e se lembrar do “Tela Class”. A dublagem do filme é um Tela Class pronto. Destaque para a parte onde Haruka usa seus poderes psíquicos para entrar na mente de Ken e resgatar uma memória de sua infância com o seu irmão, onde o Ken (que adulto já tem uma dublagem hilária) criança se sobressai com sua voz fina e frases totalmente fora do contexto da língua japonesa.

NOTA 1 DE 5

Ainda estou dando a nota 1 pois me diverti muito com a dublagem e dei altas risadas juntos com os colegas na cabine. Bravestorm é um filme que se perde em sua proposta inicial e fica dando loops para costurar os furos do enredo. Fora o foco único nos robôs gigantes, esquecendo de contar a historia de Haruka e Koji por exemplo.

Essas são as oportunidades para você ver o filme:

Espaço Itaú de Cinema: 22 de setembro – 17h30

Cinearte Petrobras: 22 de setembro – 17h30

Cinema Belas Artes: 22 de setembro – 17h30

Cinépolis: 26 de setembro – 19h30

Cineflix: 28 de setembro - 19h30

Cine Roxy: 22 de setembro – 20h

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