CRÍTICA | TOKYO GHOUL
(Divulgação: Sato Company)

Tokyo Ghoul, filme inspirado no mangá de Sui Ishida não reteve olhares positivos de seu criador a toa. Apesar dos diversos picos de ausência de ação e falhas estruturais, o longa mostrou potencial em entregar uma obra digna de ser apreciada pelos amantes da cultura japonesa.

O filme conta a história de Ken Kaneki, um jovem que após um encontro com Rize Kamishiro, se vê envolto no mundo dos ghouls, criaturas que sobrevivem alimentando-se de carne humana. Após o evento o estudante é ensinado a viver sendo meio humano e meio ghoul, percebendo que a maldade pode acobertar ambos os lados.

O longa que conta com uma imensa gama de cores, abraça inteiramente a linguagem de cada cena exibida, destacando a presença de sensações e situações não só em sua palheta, mas em toda a movimentação de câmera que dança perfeitamente com o personagem principal. O filme, porém, apresenta ausência de qualidade na entrega de seus efeitos visuais, que em diversos momentos mais parecem uma versão de Sharknado japonês.

É interessante destacar a atuação de Masataka Kubota (Ken Kaneki), que imerge completamente no personagem, perdendo o cálculo do que é palpável e trazendo consigo uma verdadeira pintura do protagonista em carne e osso.
Em diversos momentos isso torna-se incômodo, mas é inegável que Kubota definitivamente emprestou seu corpo para dar vida ao personagem principal de Tokyo Ghoul.

O filme também contou com belíssimo figurino, desenhado e estruturado por Masanori Morikawa, que entregou em grande gama de detalhe e qualidade a identidade de cada personagem apresentado ao decorrer da trama.

O longa dirigido pelo diretor Kentarô Hagiwara e roteirizado por Ichirô Kusuno, faz parte do Festival de Ação Japonês, evento organizado pela Sato Company que entre os meses de Agosto e Setembro de 2018 exibirá, além de Tokyo Ghoul, mais dois filmes em 33 salas de cinema pelo Brasil, contando com apoio das redes Cinépolis, Itaú e Cineflix.

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