CRÍTICA - Jurassic World: Reino Ameaçado
Foto: Divulgação/ Universal Studios

Anos após os acontecimentos fatídicos de Jurassic World, Owen (Pratt) é contactado por Claire (Dallas), que se tornara uma defensora dos dinossauros e integrará uma equipe para resgatar os animais da ilha antes que o vulcão ativo , adormecido no passado, faça os gigantes extintos novamente. Nesse contexto se encaixa à narrativa as palavras de Ian Malcon (Goldblum), que retorna para a franquia com ilustre participação, abordando o direito de animais já extintos, a gravidade de salva-los e até onde se estendem os direitos de proteção perante desígnios naturais de extinção de espécies. Esse tema acompanha de fundo quase todo o longa, o resultado final é justificado pela atitude cabível de um certo personagem. Talvez fosse a questão que não coubesse certo ou errado. 

Contextualmente, o filme segue confiante dentro da nova trilogia que tenta reanimar a franquia como um todo. Nesse sentido, Jurassic World: Reino Ameaçado não decepciona, mas também não traz nada de tão impactante e renovador. A série continua boa por si só, bem conduzida pelo diretor Juan Antonio Bayona (Orfanato 2007, O Impossível 2012) que introduz subgêneros na trama de forma convincente. Sentimos alusões fortes quanto a tensão de outrora, causada por raptors na cozinha de inox, bem como somos convidados a contemplação de quadros belíssimos e emblemáticos com destaque para os dinossauros principais da franquia.  

Os personagens humanos ganham mais profundidade no que diz respeito as suas personalidades e contrastes, o único ponto fraco do elenco é Franklin (Justice Smith) que deveria ser o alívio cômico, no entanto, constrange e tira a veracidade das coisas ao longo do filme. É sempre melhor quando ele não está nas cenas ou sequências.

Visualmente, o filme é perfeito, enaltecendo o real vilão: Indoraptor - já que os vilões humanos são totalmente rasos e genéricos - um novo híbrido de arrepiar. Os animatrônicos retornam com fervor na sequência, para maior imersão e agrado dos fãs. 

Por fim, JW2 é uma sequência válida com consequências finais interessantes. Vamos torcer para que o terceiro capítulo justifique todo trabalho até aqui. 

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