Crítica | The Good Doctor
ABC/Divulgação

Em mundo com várias séries de médicos, acabamos por saturar dessa temática. Sempre num hospital de referência, com dramas dos residentes e triângulo amoroso, o drama estrelado pelo talentoso Freddie Highmore, não foge desses clichês, mas tem um diferencial que te pega de jeito e quando você percebe, já se apegou a história.

The Good Doctor, finalizada no dia 26, é baseado em uma série coreana com a mesma premissa. A série americana é produzido pelo David Shore (House) , que acompanha Dr. Shaun Murphy, (Freddie Highmore - Bates Motel) um jovem cirurgião com autismo e síndrome de Savant (distúrbio psíquico com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência), que muda de uma vida pacata para a correria que é trabalhar na unidade hospitalar de um prestigiado centro cirúrgico. Sozinho no mundo e incapaz de se desenvolver conexões com aqueles que o rodeiam, Shaun usa seus dons médicos extraordinários para salvar vidas e desafiar o ceticismo de seus colegas.

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Do primeiro episódio marcante até o quinto episódio (intitulado de Oliver) a série traz à tona o passado do protagonista, o quão ele era rejeitado pelo pai, ignorado pela mãe e adorado pelo irmão mais velho. Esses flashes back são essências para entendermos sua relação com o diretor do hospital Dr. Aaron Glassman (Richard Schiff- Uma lição de amor) que acaba por se tornar seu mentor. Vemos os preconceitos surgidos pelo fato de um autista ter um sonho de ser cirurgião desde do primeiro episódio, principalmente vindo do Dr. Marcus Andrews (Hill Harper) que tem a certeza que o colocará para fora o mais rápido possível levando junto o Dr. Glassman (para entender o porquê, assista a série).

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Temos os clichês de uma série que gira em torno de um hospital, como os conflitos dos residentes, Dr. Claire Browne (Antonia Thomas- Love Sick) a inteligentíssima, que sempre protege o Murphy e é admirada pelo Dr. Neil Melendez (Nicholas Gonzalez- Pretty Litlle Liars), cirurgião responsável pelos residentes e temos o Dr. Jared Kalu (Chuku Modu) , um garoto que cresceu numa família rica, mas que é negligenciado pelos pais, Kalu é mentalmente vulnerável e busca um amor, já que nunca teve da sua família. Ao decorre dos episódios o elenco aumenta com a presença de mais 2 residentes.

Com episódios que seguem uma linha histórica e alguns apenas para preencher a série que apresenta 18 episódios. Ela não perde seu ritmo em nenhum momento, com episódios fechados e alguns que deixam uma ponta para o que estar por vim. Não é à toa a produção foi a mais assistida de 2017/2018. A série superou a imbatível audiência de The Big Bang Theory, atingindo a marca de 18.3 milhões de espectadores no delayed viewing (métrica que soma as exibições ao vivo com streamings nos dias posteriores), superando os 17.9 da sitcom geek da CBS, então líder. Na exibição ao vivo, a produção atinge a também relevante marca de 11 milhões e ainda foi indicada ao Globo de Ouro de 2018 como melhor ator em série dramática.

Com o episódio de final de temporada, pessoalmente, o mais emocionante, deixa em aberto e acaba pedindo uma segunda temporada para fechar todos os arcos que foram abertos. A rede ABC já confirmou mais uma temporada para a história.

O drama ainda não tem canal de exibição no Brasil.

Fiquem com trailer:

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