Crítica | Jogador N°1
(Foto: Divulgação/Warner Bros)

Gostar de coisas consideradas geeks e nerds está na moda. Já não é mais visto com tanto desprezo e se tornou gosto popular, deixando de ser assuntos de nicho. Camisas, livros, quadrinhos, games, colecionáveis e acessórios são exemplos de artigos que todo fã quer ter para si.

Jogador N°1, foi o livro de estreia do autor Ernest Cline. Ele conseguiu trazer a nostalgia dos anos 80 juntamente com um cenário futurista, referências a cultura pop, numa aventura eletrizante e empolgante. Um desafio enorme fazer uma adaptação dessa obra para as telonas, pois ele consegue colocar toda a atmosfera da leitura, sem perder a essência.

Nada melhor que Steven Spielberg estar na frente desse projeto. Diretor de clássicos como Indiana Jones, ET: O extraterrestre, Jurassic Park, Tubarão, entre outros que estão guardados com carinho no coração das pessoas e são lembrados até hoje. E no elenco estão nomes como Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn, Simon Pegg e Mark Rylance.

A estória acontece em uma distopia que a vida na terra se torna inviável, onde surge o OASIS, um jogo de realidade virtual, que vira uma válvula de escape para muitos. O criador do jogo, James Halliday (Mark Rylance), morre e deixa três chaves, quem as encontrar primeiro, herda sua fortuna e se torna proprietário do OASIS. Nisso, acompanhamos a saga de Wade Watts/Parzival (Tye Sheridan) e seus amigos para encontrar tais chaves.

A trama é simples, entretanto o  universo criado é muito lindo. Você entende porque os personagens do filme ficam muito  tempo no jogo, pois é muito encantador. Com uma infinidade de mundos e de coisas a fazer, a realidade virtual mostrada é linda.

Assim como no livro, as referências são uma das melhores coisas da obra. Desde O Exterminador do Futuro, Star Wars, Star Trek, De Volta Para o Futuro, Atari até coisas atuais como Minecraft, Gears of War, Halo e Overwatch, conseguindo mesclar bem as faixas etárias, permitindo que todas as idades se conectem com o filme.

Em comparação com o livro, há tomadas de caminho que são diferentes. Assim como os desafios são mostrados de forma mais condensada. Há artefatos e momentos que são marcantes na obra literária que estão bem representados. Para quem não leu, é uma leitura ótima e cativante, que vale a pena consumir.

Outro ponto positivo são as camadas. Você pode assistir uma simples aventura e se divertir com isso. Mas se permitir pensar no filme, vai perceber a crítica à fuga das pessoas do real para o virtual, o interesse das grandes empresas em lucrar de diversas forma em cima dos mais pobres. Fora isso, ainda há uma reflexão que apesar da vida ser difícil e sofrida, ainda é possível usufruir de coisas boas e no final ser feliz.

Jogador N°1 consegue te trazer nostalgia e um sentimento muito positivo. Você se sente bem ao término do filme, dando um gostinho de quero mais. Dá vontade de querer utilizar o OASIS. Fãs do livro e da cultura pop em geral, fiquem felizes e orgulhosos, pois esse filme é para vocês. Se divirtam assistindo!

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