Crítica | Pantera Negra
(Foto: Divulgação/ Disney)

Todos sabemos que o personagem Pantera Negra, príncipe T'Challa (Boseman), fez sua estréia em Capitão América: Guerra Civil, no entanto, é no seu filme solo que acompanhamos a ascenção do mesmo para o mundo e também para o seu povo. Em Pantera Negra lidamos com a história de origem do personagem heróico, acompanhamos flashbacks e percebemos que mesmo já vestindo o traje, este não tem o mesmo peso caso T'Challa não se torne nada mais nada menos do que Rei de Wakanda. Tanto que, se fosse uma questão de apenas ser o vigilante africano, o próprio vilão killmonger (B. Jordan) se satisfaria apenas com o furto de um dos tecnológicos trajes de Pantera. 

Vilão esse que diferente da maioria dos vilões de adaptações de HQs, entrega tamanha justificativa para seus atos que fica difícil não concordar com ele em alguns pontos. O que faz dele algo pior em relação ao Príncipe wakandense são apenas as consequências de seus atos e as formas com que galga seu caminho. Fazendo assim, um bom vilão no filme. Menção mais que honrosa também ao ladrão de vibranium Garra Sônica (Andy Serkis), seu jeitão alucinado é bem satisfatório. 

Sobre a própria Wakanda, seu visual que fundi o tribal ao tecnológico acabou não agregando muito ao panorama. A poluição visual acabou demasiada, tirando o brilho da real tecnologia do centro daquela nação. Conceitos visuais acertam por outro lado, na caracterização dos personagens, sejam naqueles do núcleo principal, até os figurantes e animais. Falando em núcleo principal, fica claro o carisma e o cool das três mulheres guerreiras mais próximas de T'Challa, sua irmã Shuri (Wright), sua pretendente Nakai (Nyong'o) e sua general Okoye (Gurira). 

No geral, é como digo de costume: "mais um acerto da Marvel", uma trama sem grandes reviravoltas e que até apela para o protagonismo em determinado momento que envolve uma luta pela liderança wakandense. Aquele "dramalhhão" em nada agrega e se quer comove, pois já sabemos o que virá para enxugar as lágrimas. O filme é bom, interessante, bem representativo em sua proposta que por si só é original e construtiva. Mais uma peça do quebra-cabeça Guerra Infinita. 

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