CRÍTICA: The Flash 04x14 - Subject 9
(foto:divulgação)

“You like me. You Really like me”

Uma duvida que, aparentemente, grande parte dos espectadores de The Flash possui: Como está sendo para Ralph Dibny ser um dos pontos altos dessa temporada?  Sempre gostei do personagem, mas foi bom terem entregado algo diferente do habitual. Após um curto período sem capítulos, retornamos com um episódio que não é incrível, mas que ainda sim foi satisfatório. Tudo começou com Barry Allen sendo obrigado a se afastar da CCPD, o que faz sentido, levando-se em consideração que eles moram em Central City, uma cidade cheia de meta-humanos que poderiam estar transformados em Clifford DeVoe, fazendo com que Barry acabe se sentindo mal por conta disso. Porém, ele não se arrependeu de sua decisão de não ter limpado a cena do crime, ainda que tenha se sentido prejudicado pelo afastamento.

O capítulo girou ao redor de Izzy Bowen, a mais recente meta-humana do ônibus. Achei instigante esse foco todo no Ralph, e o Time Flash preocupado em fazê-lo permanecer à salvo, pois Clifford viria atrás dele, obrigando-o a se juntar com Barry, apesar de sua relutância inicial. Afinal de contas, ele odeia o gênero country. Ao passo em que DeVoe estava cogitando fazer uma nova transferência de sua mente para outro corpo, devido ao seu corpo atual que encontrava-se em um estado crítico rapidamente, Barry e Ralph tentaram avisar Izzy sobre o risco que estava correndo, mas foram recepcionados com descrença e um comportamento de quem consegue se virar sozinha. A sua habilidade, revelada de forma rápida, tem relação com ondas sonoras, semelhante a Canário Negro, mas o mais instigante neste caso é como ela se relaciona com a música e, especialmente, com o violino. Gostei muito de presenciá-la ser utilizada juntamente ao instrumento musical.

Ao que parece, a habilidade de Izzy possui muito potencial. Ela foi a primeira meta-humana que foi capaz de deixar DeVoe enfraquecido. Contudo, ela não quis “perder sua grande chance”. Barry, completamente focado em resolver seu problema, só pensava em lhe dar treinamento. Isso não me incomodou, é até compreensível na situação dele. Entretanto, é incômoda essa mania do Barry de entregar sua identidade como o Flash para qualquer um, exceto a Patty Spivot. Izzy falou que “nem sabe quem eles são”, e ele retira a máscara, como se isso de alguma maneira alterasse algo, mas se negou a fazer o mesmo pela Patty. Não sei se irei conseguir aceitar isso em algum momento. Izzy Bowen preferiu não ficar no STAR Labs e passar por um treinamento, não até Ralph ter conversado com ela e ter obtido sucesso em convencê-la, e essa sequência é ótima, pois eles possuem química. Foi rápido demais? Foi, mas também foi convincente.

Assim sendo, ela treinou e canalizou sua habilidade tocando o violino e estava tudo progredindo corretamente quando se tratava de Ralph. Contudo, Barry acabou exagerando. Melhor dizendo, foi uma excelente sequência vê-lo correr e jogar os pratos e ela os destruindo com a habilidade do violino, mas ele passou dos limites precocemente, chegando a machucá-la acidentalmente. Izzy se encontrava exausta, e não importou o que Ralph disse, ela quis ir embora. É lamentável, pois Ralph ficou mais humanizado junto dela e quem sabe eles conseguissem gerar algo com significado, mas Barry a prejudicou e DeVoe foi capaz de encontrá-la primeiro. Nem Harry e suas criações puderam parar DeVoe, acredito que essa situação só irá mudar quando Marlize se voltar contra o marido, até porque ela já encontra-se estando cansada disso. Por enquanto, ninguém consegue vencê-lo, e ele pegou o corpo de Izzy, para a dor humanizada de Ralph, que se tornou menos caricato. Gostei bastante daquela sequência de Ralph e Barry no fim do episódio, detetives particulares. “You like me. You really like me”.

VAVEL Logo