Dica Netflix: 'A Salvação', um faroeste com grandes interpretações e poucos clichês
(foto: Reprodução/Zentropa Entertainments/Chrysalis Films)

Sugestão para quem gosta de filmes americanos sobre o velho-oeste, em uma época onde a água corre junto com petróleo e imigrantes europeus desembarcam nos Estados Unidos fugindo das guerras. A Salvação (The Salvation, 2014) está de volta ao catálogo da Netflix, com bandidos, um xerife condescendente e um mocinho que sofre muito e deseja vingança, mas tudo feito com muito estilo.

The Salvation é estrelado pelo dinamarquês Mads Mikkelsen, que, durante muito tempo, trabalhou fazendo filmes independentes e, mesmo tendo feito o vilão Le Chiffre de 007 - Cassino Royale (2006), foi graças a série Hannibal (2013) que o ator foi escolhido para interpretar papéis de destaque em grandes produções cinematográficas, como em Doutor Estranho (Doctor Strange, 2016) e Star Wars: Rogue One (2016).

Dirigido por outro dinamarquês, Kristian Levring e filmado na África do Sul, A Salvação conta a história de Jon (Mads Mikkelsen) e seu irmão Peter (Mikael Persbrandt) que, após a Segunda Guerra de Schleswig, onde os dinamarqueses foram derrotados pelos alemães em 1864, os dois mudam-se para os Estados Unidos buscando uma vida melhor. Sete anos depois, Jon consegue trazer sua esposa Marie e seu filho de 10 anos para a América. Ao se reencontrarem, a família pega uma diligência esperando ir para casa, mas são abordados por dois criminosos, que jogan Jon pra fora da diligência e abusam de Marie e da criança. Com muito esforço, Jon consegue alcançá-los, mas encontra sua família assassinada e, enraivecido, mata os dois bandidos.

Um dos bandidos mortos é irmão do líder de gangues da cidade, Henry Delarue, interpretado por Jeffrey Dean Morgan (o Negan, de The Walking Dead), que começa a ameaçar as pessoas da cidade, incluindo o xerife, para que entreguem o assassino do seu irmão. Como não há nobreza no crime, Delarue aproveita que seu irmão está morto para ficar com sua esposa, Madelaine (Eva Green).

Apesar do plot parecer clássico e clichê, A Salvação é um filme de visual forte, sombrio, cheio de violência explícita e muito bem produzido. Mikkelsen mostra-se um especialista em personagens que passam por muita dor e sofrimento, seguindo em busca de redenção, sem utilizar de expressões exageradas comuns em filmes western. Eva Green basicamente utiliza apenas os olhos para se comunicar, já que sua personagem teve a língua arrancada por índios em um ataque. E J.D. Morgan está muito bem na pele do vilão cínico.

A Salvação tem 89 minutos de duração, é uma otima opção para o final de semana e está disponível na Netflix desde o início de agosto. Assista ao trailer legendado:

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