CRÍTICA: Marvel's The Defenders (1ª temporada)
(Foto: Divulgação/Netflix)

Desde que a Marvel anunciou sua parceria com a Netflix, todos já voltaram seus olhos para o crossover entre Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro, a chamada Os Defensores. E nessa Sexta (18) a espera acabou, e chegou a hora de conferir se ela respondeu bem às expectativas. 

A primeira temporada de oito episódios continua exatamente de onde parou Punho de Ferro, com a ameaça do Tentáculo a toda Nova York. Enquanto Luke Cage sai da prisão, Jessica abandona as investigações e Matt deixa de agir como vigilante, o primeiro episódio é uma excelente introdução e acompanha os personagens separadamente preparando muito bem o terreno para o encontro deles.

Logo de cara temos uma fotografia que trabalha muito bem a paleta de cores pra cada história. O vermelho pro Demolidor, o azul pra Jessica, o amarelo pro Luke e o verde pro Danny. Além dos tons de branco usados pra vilã Alexandra.

A série funcionou bem até os protagonistas se juntarem, porque apesar do excelente início, com o decorrer dos episódios os problemas começaram a aparecer. Depois do crossover se concretizar começaram a juntar a paleta de cores de todos os personagens e isso causou uma poluição visual, chegando a incomodar. Além de que a química deles não era das melhores. Era até interessante ver o Matt com a Jessica e o Luke com o Danny, mas os quatro juntos não se encaixavam.

A Alexandra como vilã é completamente genérica, com motivações fracas e personalidade rasa. Daí ela resolve ressuscitar a Elektra e induzí-la a ajudar em seus planos. Inicialmente parece uma boa trazer uma personagem carismática e com apelo emocional do público pra ser vilã, mas ela também não funciona aqui. Ela parece completamente deslocada e sem saber o que fazer, sem saber o que pensar, e o pior, sem fazer o público se interessar pelo arco dela.

Tecnicamente a série funciona em alguns pontos, em outros não. As cenas de ação são até boas, mas inferiores as de Demolidor, por exemplo. E edição é outro ponto que funcionava bem com os personagens separados, mas juntos começou a ficar um pouco problemática. A trilha sonora e os efeitos de som são muito bons. A direção de arte também funciona muito bem, destaque para a maquiagem, que é outro ponto a se elogiar aqui, aliás, todas as séries da Marvel/Netflix tem maquiagens ótimas. Somente o figurino que não inova tanto.

Um ponto bastante positivo aqui é o uso do humor. Boa parte das piadas funcionam muito bem como alívio cômico, mesmo a série tendo um tom mais escuro. O ritmo também é agradável e a série não se torna cansativa em momento algum.

Em questão de atuações, Charlie Cox e Krysten Ritter se destacam. Finn Jones é até esforçado, mas sem muito brilho, e Mike Colter é o menos carismático de todos. Entre os coadjuvantes, nenhuma atuação que chame tanto a atenção.

Os Defensores é uma série que tem um excelente início, mas vai se perdendo cada vez mais durante cada episódio e tem um desfecho previsível. É um compilado de acertos e erros, não chega a ser ruim mas pode decepcionar muita gente que tava com altas expectativas.

NOTA: 7.1

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