Crítica: Homem Aranha: De Volta ao Lar
(Marvel Studios/ Reprodução)

Os filmes de Sam Raimi, diretor da trilogia Sony do "Cabeça de Teia" ficarão para sempre na memória dos fãs, isso é um fato (pelo menos os dois primeiros, o último a gente finge que não teve). O Espetacular trouxe aspectos das HQs que não foram explorados na franquia anterior, servindo como um marcador de certo e errado, do que funcionou e do que não funcionou, fosse como Peter, fosse como Homem Aranha. Agora que o personagem faz parte do universo integrado da Marvel no cinema, por si só a premissa ganha mais peso e relevância, embora trate de assuntos menos ameaçadores. Homem Aranha: De Volta ao Lar é um início não repetitivo, intimista dentro desse universo pré estabelecido, sem grandes triunfos para caracterizá-lo como melhor filme do "Amigo da vizinhança". Embora entregue o melhor Peter Parker até o momento (Holland).

Muitos achavam que este poderia ser uma espécie de Homem de Ferro 3.5, mas não foi. Ótimo. Stark consegue inclusive remontar seu heroísmo após o surto antagônico no final de Capitão América: Guerra Civil. Servindo cabivelmente como tutor de Peter Parker. Aqui temos o Peter do colegial como nunca antes, o menino de bom coração que lida com problemas e desafios de perigo e honra enormes. Por um lado o roteiro acerta no herói, por outro satura com adaptações desnecessárias e certas "inovações" como o melhor amigo de Peter, o Nerd da cadeira. O rival e valentão do colegial Flash se tornou um CDF que de valentão não tem nada, invejando o posto do protagonísta na bancada de seu grupo intelectual e o pior dos casos foi o da M.J. que nem "Mary Jane" é combinando siglas iniciais e descombinando não pela etnia, mas pela ausência da maior característaca da ruiva: ser ruiva. O problema não está na representatividade, o problema está em força-la pra que seja representada e a M.J. foi um erro grotesco. 

No técnico o longa não decepciona, nem na ação. Como já dito, é um acerto como filme, mas nada que irá marca-lo como um dos melhores da Marvel. É um "Sessão da Tarde" com gostinho de novo. O Abutre (Keaton) está formidável, estética e artisticamente falando, de forma irônica já é o segundo pássaro que interpreta nas telonas (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância); 2014). Outro aspecto super favorável foi tratar o herói como um herói das ruas, literalmente da vizinhança e dos problemas mais simples. Como os Defensores (Netflix), ele lida com outro tipo de vilania, esta bem justificada e crivel pelo vilão. 

Divertido, heróico e competente no forjar do Homem Aranha que veremos lá na frente nos problemas  galáticos da fase três da Marvel Studios. Fiel em muitas partes às HQs e como dito, desnecessário em outras quanto mudanças e válvulas do roteiro, sejam elas para agradar ou simpesmente para tentar o novo. 

NOTA 0 à 5: 3,5

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