CRÍTICA: American Gods (1ª temporada)
(Foto: Divulgação/Starz)

Baseada no livro de sucesso de Neil Gaiman, American Gods é a nova aposta do canal Starz e que rapidamente ganhou a atenção do público, se tornando uma das séries mais faladas nas últimas semanas. No Brasil, toda a primeira temporada já está disponível na Amazon Prime Video.

A história é centrada em uma guerra entre os novos e os velhos deuses, onde os seres bíblicos e mitológicos estão perdendo cada vez mais espaço para os novos deuses, retratados como a mídia, drogas, dinheiro e etc. Seguimos Shadow Moon, um ex-vigarista que após conhecer o Sr. Wednesdey, sai em uma jornada como seu comparsa e nem imagina que ele é um Deus e está em uma jornada para acabar com as novas entidades.

Temos aqui uma primeira temporada de apresentação da trama e dos personagens, então se você espera muita porradaria talvez se decepcione um pouco. Mas ainda assim a série consegue ter sua grandiosidade com seus diálogos bem trabalhados, uma cinematografia de encher os olhos e uma violência exacerbada como a história merece.

Além disso, ela é confusa em muitos momentos e por dois motivos. A princípio ela exige um certo conhecimento sobre mitologia pra se entender a origem de determinados personagens, mas também porque ela procura que a gente enxergue através da visão de Shadow, que está totalmente perdido com tudo o que acontece ao seu redor.

O elenco conta com alguns ótimos nomes aqui. Emily Browning, Gillian Anderson, Pablo Schreiber, Yetide Badake, estão todos ótimos aqui. Orlando Jones tem pouquíssimo tempo em tela, mas quando aparece rouba a cena. Ricky Whittle é o ator menos expressivo aqui, e por ser o protagonista, acaba sendo ofuscado pelos coadjuvantes. Mas Ian McShane é o grande nome da série, não vejo outro ator fazendo um Sr. Wednesday tão característico quanto ele. É a principal esperança de American Gods nas premiações.

Tecnicamente a série é impecável. Fotografia, trilha sonora, efeitos visuais, maquiagem, edição, design de produção, tudo aqui é minuciosamente bem feito, dá pra ver que deram uma atenção especial para isso. Tem muito sangue, muita cena de ação em câmera lenta e tudo na medida certa, sem nunca beirar o exagero.

A série tem uma quebra de tons muito precisa, ela apesar de ser violenta e obscura, tem um certo humor negro muito bem vindo. O ritmo da série que tem alguns problemas, existem pontos que a história não anda, e acaba se tornando cansativa algumas vezes.

American Gods nos entregou uma primeira temporada de apresentação e muito capricho nos aspectos técnicos, pode parecer monótona para alguns, mas ela prepara maravilhosamente bem o seu terreno para o que pode vir nos anos seguintes para se firmar de vez entre as grandes produções.

NOTA: 8.0

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