CRÍTICA -  Rei Arthur: A Lenda da Espada
(Foto: Divulgação/ Warner Bros. Pictures)

Filmes de mitoligia arthuriana sempre cativaram o imaginário e o orçamentário cinematográfico. Seja ele fantasioso como o Excalibur (1981), mais "Sessão da Tarde" como Lancelot: O Primeiro Cavaleiro (1995) ou mais épico como Rei Arthur (2004). Fato é que mostrar mais do já conhecido e icônico das histórias de Pendragon e seu herdeiro, fica desinteressante e o risco de se ver um mesmo filme apenas com a paleta de cores trocada é algo que pode decepcionar e deixar um hiato desse gênero por um bom tempo nos cinemas.

Por "sorte" (competência) Rei Arthur: A Lenda da Espada concede ao público cenas, lendas e mitos de sempre, com momentos assegurados de tradições dos mesmos, no entanto, reinventa ameaças e certos rumos de nomes da Távola Redonda, do druidismo celta e dos vilões já enaltecidos pelo tempo, até hoje. Guy Ritchie (Sherlock Homes, Sherlock Homes: O Jogo de Sombras), Diretor que trás sua assinatura deixando toque de atualidade no medievo. Rítmo divertido e que exige assimilação, predendo a atenção do espectador seja para que ele entenda a jornada do herói ou para que descubra planos maquiavélicos. Essa caracterização do contemporâneo no passado é interessante, sendo muito perceptível nas trilha sonora com rifs fortes e compasso acelerado e na forma da autoridade do Rei Vortigern (Law), que atua macabramente bem, como um "político" que manipula a "polícia" e a massa de manobra da plebe. 

Vendo pelo lado dos mocinhos, temos um representativísmo até um tanto exagerado. Cavaleiros da Távola de origens étnicas das mais variadas e improváveis possível, mas tendo em vista de que este longa é fantasioso, podemos aceitar sem desvalorizar o filme. Falando em valores, o carisma de Arthur (Hunnam) favorece o protagonista heróico, e alguns rosto conhecidos (Hounson, Gillen) dão mais aderência ao gênero. Jogando contra o já mencionado risco de "tudo que já vimos e revimos quando se trata de Rei Arthur", o longa compensa no quesito visual, dando muita identidade ao mundo em que se passa. Efeitos visuais de grandes proporções, sejam na escala de criaturas ou cenários, seja em momentos de embates corpo a corpo. A ação corre de forma competente. 

Mais um filme do bom e velho Arthur e seus cavaleiros. Despretencioso e aventuresco, mesmo com toda a cara de sombrio. Uma diversão sincera onde todos podem sair ganhando ao fim da sessão. 

NOTA 0 à 5: 3,5

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