Após diversos pontos positivos e negativos durante essa season, enfim o momento tão aguardado por nós chegou: A noite de 23 de Maio de 2017 (isso mesmo, o capítulo é ambientado uma semana no futuro), definida como o momento em que Íris West falece. Barry conseguirá a salvar após ter visto a si próprio falhando quando foi até o futuro? Discutiremos esse ponto, porém iremos dissertar a respeito das partes uma por uma, já que esse capítulo possuiu duas tramas.
Objetivando finalizar a buzuca de Força de Aceleração, assistimos Barry juntando-se a Leonard Snart, o Capitão Frio, que foi chamado quando o time de Legends of Tomorrow encontrava-se no período de 1892, na Sibéria, assim sendo, antes de seu sacrifício, para entrarem na ARGUS. Tudo isso pois Lyla não auxiliou o time Flash concedendo a tecnologia alienígena dos Dominadores (do mega crossover). Foi realmente divertida todas as cenas deles invadindo a ARGUS. O Capitão Cold de Wentworth Miller permanece sendo um dos personagens mais legais desse universo, e adicionar o King Shark, além de algumas ótimas referências, fez com que este capítulo fosse bastante engraçado, e essa trama do capítulo foi bem divertida. Foi excelente presenciamos novamente a química entre Barry e Snart na telinha por um período maior. Assistir Snart fazer uma piada a comparar a falta de recursos do seriado para exibir o Tubarão-Rei num período mais longo na telinha assim como ocorreu nos bastidores do longa Tubarão de Steven Spielberg foi sensacional. É por coisas assim que as falas de Snart o fazem um anti-herói tão amado.
Entretanto, existem alguns empecilhos menores com essa trama. Não foi abordado quando e onde Barry encontraria Snart para chamá-lo, assim como toda essa situação poderia ter ocorrido anteriormente nessa season e não agora faltando apenas mais capítulo para o final (isso foi mais incômodo antes de assisti-lo, porém após vê-lo isso perdeu um pouco da importância, até achei o saldo positivo), sem mencionar o cenário envolvendo Lyla e ARGUS. Se o lugar é mais complicado de entrar que o Pentágono, levando-se em consideração que tanto o Arqueiro Verde e atualmente o Flash foram bem sucedidos em invadi-lo, demonstra que na realidade a segurança do local não corresponde a sua fama. No fim do capítulo, a maneira como Lyla concede o utensílio alienígena a Barry soou artificial. Caso fosse para entrega-lo assim tão fácil, ela poderia ter prevenido toda essa bagunça. Mas como citei, esses erros não prejudicaram todo o entretenimento do capítulo.
A outra trama do capítulo foi a respeito do período anterior ao trágico dia do falecimento de Iris e foi mais focada no lado sentimental e em plot twists. Essa metade do capítulo foi incrivelmente trabalhada no meu ponto de vista, iniciando pela primeira sequência do capítulo onde presenciamos como todos os personagens estão reagindo com a situação de que em menos de um dia inteiro Íris poderá ser morta por Savitar. Não é a primeira vez que contamos com essas pequenas cenas inesquecíveis nessa season e a direção não poderia ter sido mais acertada. Devo destacar como a interpretação de Candice Patton tem evoluído nos últimos capítulos e foi incrível nessa, destacando-se a sequência na Terra 2, em que ela está compartilhando memórias com seu pai, e ao mesmo tempo se despedindo. Foi um momento lindo, sentimental e comovente. Foi nessa parte que descobrimos o porquê de Íris não estar utilizando seu anel de noivado na hora de seu assassinato no futuro.
Após tudo isso, o capítulo ainda obteve sucesso em nos surpreender quando o Barry do futuro se passa pelo herói para saber onde Íris estava. Deste plot twist em diante, o capítulo segue outro caminho e uma pegada mais acelerada. O rápido confronto entre Savitar e Kid Flash foi eletrizante, ainda mais pela maneira na qual o herói perdeu. Com o instrumento enfim finalizado, chegou o momento de Barry utilizar a bazuca numa tentativa final de impedir o triste destino de seu amor definitivamente. Mas ele falhou. Isso pois Savitar possui a Pedra Filosofal consigo, que é revelado ser composta de energia calcificada da Força de Aceleração.
Todo o planejamento do time por meses desmoronou e assistimos então Íris ser assassinada pelo antagonista. Ainda que já tivéssemos presenciado a sequência diversas vezes durante a season, gostei muito que a exibiram de outro jeito aqui. A utilização do slow motion paralelamente a gravação de Íris deixou a cena muito mais sentimental que as vezes anteriores. Estiveram preparando a história para nos fazerem chegar até esse ponto e não foi decepcionante. E mesmo que o falecimento tenha ocorrido de fato, o capítulo é encerrado sem sabermos se a emoção que sentimos por sua perda é realmente válida ou se o Flash achará uma maneira de impedir o ocorrido, impedindo que um novo Ponto de Ignição ocorra. Alguns fãs estão teorizando que outro personagem faleceu no lugar dela utilizando a tecnologia de transformação da Terra 19 (a mesma que Barry utiliza neste capítulo para fingir ser Lyla). Caso tenha sido isso mesmo, irão precisar explicar muito bem como contamos com todos os outros personagens na sequência. Além disso, é até um certo desperdício com toda a carga dramática construída nesse episódio.
Com essas duas tramas intercalando o capítulo, contamos ainda com, no final do capítulo, o começo do embate entre Killer Frost e Vibro, outro ponto que desde a metade dessa season os personagens estavam sendo encaminhados. Acredito que podiam ter guardado a batalha em si para o último capítulo, já que bastante coisa estava ocorrendo paralelamente, entretanto aguardo eventos impactantes dessa luta na finale. Também é instigante vermos que Killer Frost aparenta estar tendo uma “recaída” ao mostrar estar reprimindo suas emoções. Em paralelo, acompanhamos HR se “despedir” da equipe, justo agora que Tracy entrou para o time Flash. Será que iremos ter uma quarta versão de Harrison Wells no quarto ano?
Pudemos contar com um ótimo penúltimo capítulo para essa season, que de forma indireta também foi um crossover entre todos os seriados desse multiverso: The Flash, Arrow e Legends of Tomorrow, e que fez um excelente serviço direcionando a trama para a season finale. Diversas coisas ainda podem ocorrer e serem alteradas no seriado e estou aguardando ansiosamente para descobrir como eles encerrarão a trama de Savitar e abordarão o falecimento de Íris. O caminho foi longo, mas agora resta-nos somente um último capítulo.
Easter Eggs:
- O título do capítulo “Infantino Street” é o nome da rua onde Íris é assassinada e homenageia Carmine Infantino, o artista co-criador do segundo Flash, Barry Allen, em conjunto com Robert Kanigher, em 1956.
- Quando Barry e Snart encontram-se invadindo o Level Z na ARGUS, eles acham as prisões do Gorila Grodd, Cupido, dos antigos componentes do Esquadrão Suicida e da antagonista Cheetah (ou Mulher-Leopardo, por aqui), que ainda não apareceu nos seriados televisivos. A personagem é uma antagonista da Wonder-Woman. A primeira participação da primeira Cheetah, Priscilla Rich, foi em Mulher Maravilha #6 em 1943. A terceira e atual Cheetah, Barbara Ann Miverna, teve sua primeira participação em Mulher Maravilha 2 #7 em 1987.
- Quando King-Shark tem sua mão arrancada, Snart fala que o mesmo já aconteceu com ele, referenciando o capítulo “Left Behind” do primeiro ano de Legends of Tomorrow.
- Quando Snart despede-se de Barry ele disse “The are no strings on me”, frase clássica de Pinóquio (1940). Essas, posteriormente, também são suas falas finais antes de seu sacrifício anteriormente a finale “Destiny” da season 1 de Legends of Tomorrow.
- Na Terra 19, o longa “Missão: Impossível” (1996) é chamado de “Missão: Improvável” como mencionado por HR.
