Sempre que uma grande obra cinematográfica anuncia um novo capítulo, cronologicamente situada através de um interstício de capítulos já conhecidos, a coisa fica complicada. Fãs ficam felizes e ao mesmo tempo apreensivos, e uma iniciativa assim que envolva a franquia Star Wars gera o dobro disso tudo. Rogue One: Uma História Star Wars não só fica situado entre os episódios III e IV como também lança um novo tipo de proposta à franquia de guerra nas estrelas.

No longa, conhecemos a sina e luta da resistência sem os Jedis em primeiro plano, os rebeldes, a Resistência contra o alvorecer do Império e o uso fatal de sua nova arma, a famigerada Estrela da Morte. Em um ritmo espionagem “survivor”, temos a protagonista Jyn Erso que semelhantemente ao episódio VII situa a personagem feminina no epicentro da ação e das necessidades de uma equipe. Um bom trabalho, e claramente funcional nos dias atuais.

Unindo rebeldes, assassinos, monges, gente que perdera a fé na Força e muitos outros. Jyn Erso, cujo passado remonta a resistência contra a tirania, reúne e da propósito final aos demais personagens. O ato e coragem, bravura e sacrifício necessário para que mais a frente houvesse “uma nova esperança” pelos ideais da contenda. Por isso a premissa fica perfeitamente bem encaixada entre a trilogia original e a franquia “origins” de Star Wars.

A audácia de emular um filme de guerra, tiroteio em trincheiras e queima de arquivos nesse universo já canonizado foi brilhante. Mais brilhante ainda ver que tal proposta foi alcançada com louvor, dando aa espectador a emoção de blasters, bazucas, X-Wings e esquadras de naves guerreando no nosso nível tecnológico cinematográfico, mas uma guerra que a décadas já fora participada e aclamada.

Um roteiro sem pontas soltas, com fan-service devido, com início, meio e fim satisfatório e à altura da saga a qual é inserido. Rogue One é sem dúvida um competente trabalho, e a Força com certeza está com ele.

NOTA 0-5: 4