Supermax é a série mais ousada da Globo em muito tempo. Eu particularmente não me lembro de alguma produção parecida em nenhuma tv aberta. Mas é necessário mais que ideias para uma boa produção, e faltou capricho na execução da série.

A enredo gira em torno de participantes de um reality show diferente do habitual, passado em uma prisão de segurança máxima, no Acre. Até que coisas estranhas começam a acontecer e os participantes começam sua jornada pra tentar fugir dali.

A série tem muitos acertos, o design de produção é o ponto mais forte da série. Ambientação, maquiagem e figurino não deixam nada a desejar. Supermax cria uma atmosfera de terror muito boa no início, mas se perde no decorrer da série por se tornar expositiva demais.

A fotografia também é boa, cores mortas e frias, com muita câmera na mão e enquadramentos de câmeras de segurança. A trilha sonora não traz nada demais, apenas uma ressalva pra abertura que é bem legal.

Os problemas da série começam pelas atuações fraquíssimas. Ninguém transmite veracidade ou real sensação de medo. Cléo Pires e Mariana Ximenes até se esforçam, mas não passam disso. Longe de terem grandes atuações.

O roteiro é péssimo. Diálogos horríveis, exploração de temas desnecessários, plots mal explicados, personagens sem peso algum pra trama, 'vilão' sem carisma, entre outras coisas. A série usa um recurso muito pobre pra tentar encobrir o roteiro ruim, que é apelar pra violência extrema, e os personagens são tão mal desenvolvidos que as mortes não causam impacto no expectador.

Supermax é uma série que não passa de uma ideia ousada, apesar do bom design de produção, as atuações fracas e o roteiro ruim pesam demais e a série não consegue prender seu público.

NOTA: 5.7