The Flash seguiu com mais um episódio de caso da semana, porém trouxe um desenvolvimento satisfatório. Foi um episódio de continuidade, e o termo que poderia descrevê-lo melhor seria relacionamentos, focando em relações amorosas, profissionais e familiares.
Dentro do arco familiar, temos Caitlin Snow que está gradativamente se transformando na Nevasca, sendo um dos principais destaques do terceiro ano. Após dois anos sendo apenas uma coadjuvante do elenco regular lidando com dramas rasos, a cientista finalmente tem ganhado um foco maior, algo esperado desde o primeiro ano da série. O roteiro parece estar sendo mais atento e cuidadoso com ela, que está lidando com um drama verdadeiramente digno de vilões principais. Uma trama que cresce gradualmente de episódio em episódio e que possivelmente atingirá um novo nível no episódio 7 intitulado “Killer Frost” focado em Caitlin.
O nome do episódio pode estar relacionado tanto ao monstro presente nele como pode estar ligado ao lado sombrio que Caitlin carrega dentro de si mesma. Ela ainda não contou ao núcleo principal a respeito do surgimento de suas habilidades, algo que faz sentido, levando-se em consideração que ela conheceu brevemente a si própria na Terra 2 e teme como seus amigos reagiriam ao descobrirem que ela está cada vez mais próxima de se tornar uma antagonista.
Ao menos aparentemente, o motivo da personagem se transformar numa vilã será bem semelhante ao mostrado na Terra 2 no ano anterior: Relação familiar. O relacionamento conturbado entre Caitlin e sua mãe pode ser o gatilho que pode fazê-la entregar-se de maneira definitiva as suas habilidades. Como foi mostrado nesse episódio, ela eventualmente poderá acabar perdendo o controle de vez. Vê-la ir desenvolvendo seu lado vilanesco tem sido mais empolgante que o arco central desse ano. Torço para que prossigam abordando isso corretamente até o final da terceira temporada.
Além disso, a relação profissional entre Barry e Julian está dando indícios de uma possível proximidade. Toda a trama do monstro que não passava de um holograma foi utilizada para desenvolverem a relação entre os dois, ao passo em que a história de Julian começou a ser apresentada. Ainda que inicialmente esteja meio rasa, sabemos que ela ganhará mais profundidade futuramente. Julian permanece sendo o personagem mais provável de ser o Doutor Alquimia (ainda mais que seu sobrenome está relacionado ao vilão das HQ’s ), e seu desafeto com os meta-humanos abordado nesse episódio pode ser mais uma pista, já que o antagonista retira suas habilidades da Pedra Filosofal. Imagino que os produtores não tenham pegado um ator do porte de Tom Felton para não o trabalharem devidamente, aguardemos.
Barry e Cisco atualmente são colegas de apartamento, o que tem proporcionado momentos cômicos. Mas foi a relação entre Cisco e Harrison que garantiu o verdadeiro divertimento. Ainda sim, acho que o Harrison Wells vigarista será desenvolvimento melhor durante os próximos episódios, fazendo com que a sua veia cômica vista nesse episódio não seja usada a exaustão.
Assim como no episódio anterior, “Monster” trouxe novamente uma atmosfera semelhante aos episódios do primeiro ano da série, e mesmo assim demonstrou relacionar-se satisfatoriamente com a fase pela qual os personagens se encontram, além de ter evoluído a trama do núcleo central, deixando-nos mais perto do que futuramente será abordado. Aguardando ansiosamente pelos próximos episódios.
Lista de referências:
- Nesse episódio, Carla Tanhauser, a mãe de Caitlin Snow que ganhou vida pela atriz Susan Walters, foi introduzida.
- Harrison Wells disse que em sua Terra a safra de café foi destruída devido à seca/ferrugem (blight no original), uma referência discreta as habilidades de Derek Powers, mais famoso como Blight, um antagonista de Terry McGinnis, o Batman do Futuro.
- Mais uma típica referência nerd de Cisco Ramon:
Cisco: “Barry, vamos fazer o Império.”
Harrison: “Império do Sol, Barry.”
Cisco: “O quê? O Império Contra-Ataca.”
Harrison: “O Império Contra-Ataca, Barry.”