CRÍTICA: The Flash 03x03 - Magenta
(foto:divulgação)

O Flashpoint já foi encerrado. Como previsto nas reviews anteriores, a temporada lidará com as alterações ocorridas como conseqüência da nova linha temporal criada pelo Flash.

Diferentemente da primeira temporada em que os meta-humanos haviam obtidos suas habilidades devido a explosão do acelerador de partículas no episódio piloto ou dos vilões da segunda temporada que eram trazidos da Terra 2 pelo Zoom, no terceiro ano as novas ameaças tem desenvolvido seus poderes graças ao Doutor Alquimia que tem recriado os meta-humanos do Flashpoint na nova linha do tempo. A primeira criação entre elas trata-se do velocista Rival, que após esse episódio ficou claro que ele foi assassinado por ter falhado em derrotar o Flash.

Esse episódio apresentou Frankie Kane, uma garota órfã que tem mudado de casa constantemente com fatos inexplicáveis tendo ocorrido em todas elas. Tais coisas ocorreram pois ela possui um lado poderoso que está oculto dentro de si mesma que funciona basicamente como uma segunda personalidade motivada por seu desejo de vingança, tratando-se de uma adolescente bipolar. Como explicado no começo de texto, é o Doutor Alquimia o responsável por despertar as habilidades dela.

Sua personalidade vingativa se auto denomina como Magenta, uma meta-humana que tem poderes magnéticos, semelhantes as habilidades do mutante Magneto da Marvel. Ela foi basicamente a vilã da semana desse episódio. Ou seja, a série já retornou ao seu modelo procedural de ficar apresentando vilões genéricos durante os episódios e, paralelamente, ir desenvolvendo ao menos um pouco a trama principal da temporada. Desta forma, é seguro dizer que haverão diversos episódios em que meta-humanos originados do Flashpoint surgirão até o fim da temporada para que assim o roteiro tenha material suficiente para 23 episódios.

Isso particularmente acaba me incomodando um pouco, justamente porque praticamente a mesma fórmula está sendo utilizada pelo terceiro ano consecutivo, gerando assim um certo desgaste no programa. O ideal seria que, assim como Gotham e Agents of Shield, The Flash deixasse os casos da semana de lado e focasse inteiramente na história central até o finale. 

O próximo episódio se chamará “The New Rogues” e introduzirá dois importantes antagonistas do cânone do Flash. Embora ele não tenha ligação com o próximo episódio, pelo menos esse teve um diferencial em relação aos outros capítulos em que vilões semanais foram apresentados, já que a jovem Frankie teve um final relativamente feliz, tendo uma chance de redenção pelos erros cometidos pela sua outra personalidade vilanesca.

O outro foco do episódio desenvolveu um elemento esperado desde a segunda temporada: Jesse Quick finalmente tornou-se uma velocista. Dessa maneira, é possível que futuramente Wally West também desenvolva suas habilidades e torne-se o Kid Flash, assim como no Flashpoint, já que tanto o rapaz como Jesse foram atingidos pela mesma energia que a proporcionou sua velocidade. Por conta de somente a garota ter obtido poderes, ao menos aparentemente, Wally frustrou-se por não ter não ter desenvolvido a força da aceleração. Harrison Wells também teve destaque já que o cientista estava receoso em permitir que sua filha se tornasse uma vigilante como o Flash.  Felizmente, os roteiristas garantiram que isso tivesse uma conclusão rápida, com Harry presenteando-a com um uniforme no final. No próximo episódio ela fará dupla ao lado de Barry, que servirá como uma espécie de mentor.

  Fico aliviado que a relação entre Barry e Iris esteja sendo melhor desenvolvida no terceiro ano. A jornalista compreende a responsabilidade que seu interesse amoroso possui como herói de Central City, não havendo longas discussões sobre a dificuldade dele equilibrar isso com sua vida romântica.

Contudo, esse episódio definitivamente foi o mais fraquinho da season 3 até o momento, justamente por persistir com o modelo procedural desgastante. Contudo, acredito que a terceira temporada conseguirá manter um bom nível, diferentemente do terceiro e quarto ano de Arrow.

Lista de referências:

- “My name is Barry Allen”: A introdução recorrente na série inteira foi adaptada novamente para os eventos pós Ponto de Ignição, assim como fizeram na segunda temporada devido à inclusão do multiverso.

- Cisco e suas referências freqüentes: “Ela está tendo um medo primitivo”. Primal Fear em inglês, nome original do filme As Duas Faces de um Crime (1996) protagonizado por Richard Gere.

- “Run, Barry, run!”: A frase que se tornou clássica na série após ter sido utilizada com bastante freqüência pelo Dr. Wells com Barry foi reutilizada nesse episódio em relação a sua filha que tornou-se uma velocista, Jesse Quick: “Run, Jesse, run!”.

- O episódio apresentou Frankie Kane, também conhecida como Magenta, que nas HQ’s já foi par romântico do terceiro Flash, Wally West.

- Magenta foi enviada no final do episódio para Keystone City, tratando-se da mesma cidade onde Wally cresceu com sua mãe durante todo aquele tempo em que mantiveram distância de Joe e Iris West. Essa cidade também é a do primeiro e terceiro Flash, Jay Garrick e Wally West, respectivamente, nas HQ’s. 

VAVEL Logo