Brasil perde a terceira no Polo Aquático feminino e enfrentará melhor equipe do Grupo B nas quartas
Foto: Vítor Silva - SSPress - CBDA

A Seleção Brasileira Feminina de Polo Aquático perdeu a terceira partida seguida na fase preliminar do torneio, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, desta vez, para a Austrália. Repetindo as boas atuações nos primeiros quartos, e os mesmos problemas físicos, principalmente de cansaço, nos dois últimos, a equipe do Brasil acabou sucumbindo à pressão das adversárias. O começo promissor, mesmo que em desvantagem no placar, serviu apenas como demonstração de força, em uma modalidade ainda pouco explorada por aqui. Já no lado australiano, uma fortíssima equipe, fez jus ao status a elas atribuído, fazendo parecer fácil, vencer uma seleção fora de casa.

Com a nova derrota, o caminho brasileiro fica um tanto quanto tortuoso agora, já que, Estados Unidos e Hungria definem, em partida posterior, quem se classificará em primeiro, no Grupo B. Duas potências, independentemente de quem seja, americanas e húngaras farão jogo duro contra o Brasil. Vale ressaltar que esta é a estreia das meninas brasileiras em Olimpíadas na modalidade, e a falta de experiência internacional também conta, mas não a nosso favor.

Após definição do adversário, Brasil voltará à piscina na próxima segunda-feira (15), data reservada às Quartas de Finais, que se definirão em quatro partidas. Na agenda do Polo Aquático, a próxima partida a ser realizada no Maria Lenk será amanhã (14). A Seleção Masculina enfrentará a Hungria, na última partida da fase preliminar. Já classificados, os brasileiros apenas definem sua posição. Hoje, estão empatados em primeiro com a Grécia, mas levam desvantagem no confronto direto.

Após primeiro quarto abaixo do normal, Brasil equilibra ações no segundo e diminui placar adverso

Logo no início de jogo, o Brasil foi para cima, buscando sair na frente no placar. Mas como já vinha acontecendo nas outras partidas, o excesso de ofensividade já nos primeiros segundos custou caro, e com menos de 1 minuto, em um contra-ataque veloz, a Austrália marcou. Para o azar das “Aussie”, o Brasil também foi rápido em empatar a partida, protagonizando, ao lado das adversárias, um primeiro quarto atípico no Polo, com poucos gols, além de poucas oportunidades.

No segundo período de jogo, as ações da Austrália cresceram, e a equipe da Oceania começou então a aparecer mais na zona de perigo brasileira. Logo no segundo ataque, no início do segundo quarto, a Austrália se colocou um degrau acima novamente, com o placar de 2 a 1. Daí, começaram os mesmos problemas já apresentados anteriormente, nas apresentações brasileiras, tanto no feminino quanto no masculino. Com superioridade numérica, devido a exclusões por faltas graves, a nossa seleção não conseguia chegar ao gol. Jogando muito próximas, as jogadoras de ataque do Brasil permitiam que a marcação adversária acontecesse mais facilmente.

O Brasil tentou o último ataque da etapa com poucos segundos restantes, e novamente foi parado, dessa vez pela trave. À essa altura, o marcador já mostrava uma vantagem maiúscula, por 4 a 2. Com o dobro de gols marcados em comparação aos sofridos, a Austrália começava a mostrar que o resultado final poderia ser pior do que se imaginava.

Brasil deixa ritmo cair mais uma vez no terceiro quarto, vantagem australiana cresce demais e reação não acontece no fim

No início do quarto mais importante de jogo, o terceiro, etapa que comumente define a vencedora, por vantagem ou desvantagem física, o Brasil demonstrou mais uma vez que o caminho até atingir um nível de disputa, ao menos próximo ao das adversárias, ainda é longo. Indiscutivelmente, as brasileiras têm técnica apurada, fintam bem e conseguem levar vantagem nas jogadas de habilidade, mas a falta de preparo físico, principalmente pela experiência curta que tem, acaba atrapalhando muito, e a disparidade, principalmente no fim, fala alto.

Logo no começo do terceiro período, as “Aussie” já abriam três gols de vantagem, com o placar marcando 5 a 2. Minutos depois, vieram o sexto e o sétimo gols, todos em jogadas de troca de passes. O panorama no último período piorou, quando a equipe brasileira sofreu mais três gols, e só foi capaz de marcar um, tendo assim decretado, o placar final, em 10 a 3 para as Australianas.

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