Brasil bate atual campeã Sérvia e se garante nas quartas do polo aquático masculino
Foto: CBDA/Divulgação

O Brasil venceu partida a terceira no Torneio Masculino de Polo Aquático dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O adversário da vez era uma das principais equipes da modalidade no mundo. Referência, a Sérvia, que faz parte do grupo de países que integravam a extinta Iugoslávia, localizada em uma região no globo, famosa por produzir planteis de ótima qualidade. Foi um jogo brigado, do início ao fim, mas graças ao bom equilíbrio emocional dos brasileiros, e da falta dele aos adversários, a Seleção Masculina foi capaz de virar o jogo, após sair perdendo por 2 a 0 no primeiro quarto. No fim, com o relógio a favor, restou apenas administrar a vitória por 6 a 5.      

Com o resultado positivo, o Brasil chegou aos seis pontos ganhos no Grupo A, garantindo a vaga na fase de Quartas de Finais, por enquanto, em primeiro na chave. Para os sérvios, a realidade, incomum, é verdade, ficou bem diferente. Para conquistar a vaga, a equipe precisa começar a vencer, já que os dois pontos somados são referentes aos dois empates, nas duas primeiras partidas, contra Hungria e Grécia, respectivamente.

Para se manter na liderança, o Brasil terá caminho duríssimo nesse fim de fase preliminar, com confrontos agendados contra Grécia, na próxima sexta-feira (12), às 19h30, e por último, diante da Hungria, no próximo domingo (14), às 20h50. Já para a Sérvia, para passar de fase, será necessário superar a Austrália, na sexta (12), às 22h10, e o Japão, no domingo (14), às 19h30. Todos os jogos acontecem no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, e é claro, no Horário Oficial de Brasília.

Com muita luta e entrega, primeira metade de jogo termina empatada

De um lado, um invicto e anfitrião, Brasil. Sem muita tradição no Polo Aquático, mas com determinação e garra já comuns. No outro, uma nem tão mais favorita Sérvia, potência no esporte, dona de uma das mais fortes escolas de Polo no mundo, mas que até então, havia apenas empatado as duas primeiras partidas. O roteiro quase emocionante poderia sugerir um jogo com muitos gols, jogadas plásticas e bastantes oportunidades. Contudo, o nervosismo, muito maior por parte dos visitantes, fez o nível do jogo cair consideravelmente, já no primeiro quarto.

Com mais posse de bola, a Sérvia forçava jogadas centrais, buscando faltas pessoais que pudessem excluir atletas da defesa brasileira, e então, marcar aproveitando a vantagem numérica. O Brasil, sabendo de suas limitações, tentava marcar e armar rápidos contra-ataques, que poderiam resultar em situações surpreendentes. Mas foi a Servia que obteve êxito primeiro na estratégia definida previamente. Após duas exclusões seguidas contra o time brasileiro, os europeus abriram 2 a 0 no placar, calando o Maria Lenk.

Com o fim do primeiro quarto e no placar, a derrota parcial por 2 a 0, o Brasil precisava então mudar o modo de jogo, à fim de tentar surpreender os adversários, que sobravam até esse ponto. E exatamente através de jogada trabalhada de mão em mão, o Brasil diminui. Mas a vantagem de apenas um gol voltaria a crescer minutos depois, após nova exclusão defensiva. Sérvia 3 a 1.

A única alteração restante no modo de jogo brasileiro era referente ao aproveitamento quanto a equipe tinha vantagem numérica, devido a exclusões por faltas graves. E na primeira vez que conseguiu encaixar o passe no meio, o ataque brasileiro foi feliz, diminuindo a diferença novamente para apenas um ponto, e logo depois, em contra-ataque extremamente veloz, chegando ao empate, no último lance da primeira metade de partida.

Sérvia se perde após empate brasileiro e cede espaços no terceiro período; no quarto, Brasil se sagra vencedor com pênalti no fim

O empate brasileiro definitivamente mexeu com o time sérvio, porém de uma maneira negativa. À medida que o tempo passava, os atletas europeus começavam a errar fundamentos básicos como passes e posicionamentos defensivos, além de chutes, que muitas das vezes, nem sequer levavam perigo ao gol defendido pelo sérvio naturalizado brasileiro, Slobodan Soro.

O Brasil então tratou de começar a abrir vantagem no placar, imaginando que o fim da partida poderia ser crítico. Com Bernardo, restando 5 minutos para o fim do terceiro período, o Brasil virou e logo depois, em jogada misturando técnica e coletividade, com passes laterais envolvendo todos os seis jogadores de linha, a Seleção Masculina chegou ao quinto gol.

A vantagem de dois gols serviu bem no fim, quando a Sérvia resolveu atacar de vez. De uma maneira desorganizada, foram para cima, e conseguiram o empate, após falha defensiva do Brasil, com o relógio marcando menos de 2 minutos para o fim. Mas, faltando apenas 45 segundos, um pênalti salvador convertido por Gustavo, selou a terceira vitória brasileira, e desta vez, acompanhada da classificação antecipada, 6 a 5. 

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