Após a boa vitória sobre a Austrália, na estreia do Polo Aquático, na Olimpíada Rio 2016, o Brasil voltou à piscina na noite desta segunda feira (8), contra a equipe do Japão. De antemão, considerada razoavelmente mais frágil que os australianos, os japoneses apresentaram consistência apenas no início do primeiro quarto, quando abriram 2 a 0 no placar e calaram o Maria Lenk.
Mas a partir do momento em que os brasileiros começaram a obter êxito nos chutes diretos, e empataram a partida, os orientais se perderam no jogo, falharam na marcação e não souberam aproveitar os momentos de superioridade numérica na parida, dando espaços e, principalmente, liberdade, para que os atletas brasileiros chutassem a gol. A derrota se desenhava já no segundo quarto, e finalizou com uma diferença grande. 16 a 8 para os donos da casa.
A Seleção Brasileira Masculina de Polo Aquático retorna às piscinas do Maria Lenk na próxima quarta-feira (10), diante da poderosa Sérvia, às 19h30. Uma vitória a credencia a avançar de fase no torneio, já que a equipe, no momento, acumula dois triunfos. Amanhã, às 10h20 da manhã, acontecerá a estreia da equipe feminina do Brasil, na modalidade. O adversário será a Itália.
Japão começa bem, mas cede espaços e Brasil se aproveita nos dois primeiros quartos
Após vencer a Austrália, o Brasil tinha agora a equipe japonesa pela frente. Com a ambição de se classificar para a próxima fase da competição, os brasileiros dependiam de um triunfo diante dos nipônicos. Para isso, com menos de 1 minuto de jogo, os brasileiros já ocupavam a metade ofensiva da piscina, “amassando” os japoneses contra a sua meta. Porém, ao perder a bola no ataque, o Brasil cometeu falta, que resultou na exclusão de um atleta. Durante os 20 segundos com vantagem numérica, o Japão soube trabalhar e abriu 2 a 0 no marcador.
Os brasileiros – agora com seis, novamente – trataram de marcar logo em seguida, para evitar que os adversários crescessem no jogo. Mas o Japão não pretendia deixar barato, e em um descuido, quase consegue o terceiro gol, mas Soro, o paredão brasileiro, consegue bela defesa. Curiosamente, quando o jogo se equilibrava, o Brasil conseguiu o empate, após o goleiro japonês sair para tentar matar a jogada de centro, deixando o ponteiro brasileiro livre, que sem goleiro, só teve o trabalho de chutar para o gol. 2 a 2.
Após o empate, o Japão começou a mostrar deficiências graves no seu setor defensivo. Ora com falhas de marcação, ora com faltas desnecessárias. E em uma delas – violenta, por sinal – o atleta japonês foi excluído. O Brasil então se aproveitou e marcou o terceiro gol, virando o placar e ficando em vantagem pela primeira vez no duelo. Mas a vantagem de apenas um gol duraria pouco. Se com o empate, os japoneses se perderam, com a virada então. Era como se tivessem abandonado tudo que havia sido conversado antes do jogo, dando espaços enormes, e permitindo avanços perigosos por parte dos atacantes brasileiros. E em um desses avanços, mais gols se tornaram realidade, tendo então, o primeiro quarto sido finalizado com uma vitória parcial de 5 a 2 para o Brasil.
O segundo quarto seguiu exatamente como o roteiro do primeiro. Um Japão perdido na piscina, que parecia não saber como furar a forte defesa brasileira, e um Brasil consciente, esperando os momentos corretos para acionar os contragolpes e abrir cada vez mais vantagem. O único gol japonês no segundo quarto de partida aconteceu em um pênalti, quase defendido por Slobodan Soro. Já o Brasil, marcou em mais três ocasiões, fechando a primeira metade do jogo em 8 a 3.
Brasil se aproveita de apatia japonesa e abre diferença confortável no placar nos últimos dois quartos
Os dois últimos quartos de jogo pareciam apenas protocolares. Com a vantagem aberta na primeira parte do confronto, dificilmente o Brasil perderia a partida. E logo no início, a seleção verde e amarela foi para o ataque, mas o goleiro japonês conseguiu evitar o que seria o nono gol. Mas, um minuto depois, o Brasil marcou novamente. 9 a 3.
O Japão passou então a tentar chutes de longa distância, já que furar o bloqueio defensivo brasileiro se tornava cada vez mais complicado. Okawa chutou de longe e venceu Soro, e em sequência, novamente de longe, os japoneses marcaram o quinto. A essa altura, o Brasil atuava com seus reservas na piscina, uma equipe que acabava por dar mais espaços ao esquema ofensivo do adversário. Quando a diferença caiu para três pontos – 9 a 6 – os titulares brasileiros retornaram para a piscina, e com eles, voltaram também os gols.
A partir deste momento, o Brasil seguiu a mesma pegada desde o momento que iniciou sua reação, e marcou mais seis gols. O Japão, conseguiu apenas mais dois, em um momento de exclusão de dois atletas brasileiros simultaneamente, e, quase no fim, com uma penalidade máxima, convertida com estilo, que deram números finais ao jogo: 16 a 8.