O Brasil ficou fora do Polo Aquático Olímpico por 32 anos. A falta de índices que classificassem a equipe masculina para os torneios vinha tirando o inquietando os atletas. Mas na estreia, no Maria Lenk, os brasileiros foram bem e venceram uma das melhores equipes da competição.
Sem demonstrar medo diante do adversário, a Seleção Brasileira fez seu jogo, sem forçar jogadas desnecessárias, e se aproveitando, principalmente, das exclusões por faltas seguidas, cometidas pelos rivais.
O retorno às piscinas, para a segunda partida do torneio masculino está marcado para este domingo (8), às 19h30, contra o Japão, que teoricamente, deverá ser um adversário mais frágil em comparação aos australianos.
Brasil usa exclusões adversárias a seu favor e consegue vantagem no placar
Antes mesmo de a Austrália marcar seu primeiro gol, o placar já mostrava 3 a 1 para o Brasil. O que se desenhava como uma partida estranhamente fácil, rapidamente começou a tomar outros caminhos. No fim da primeiro quarto de jogo, a Austrália começava a encostar no placar, com dois gols em sequência, pressionando os brasileiros.
Embora jamais tenham estado atrás no placar durante todo o jogo, os jogadores da seleção verde e amarelo demonstravam um certo receio com os contra-ataques, dada a qualidade dos rivais nesta noite.
No segundo quarto de partida, a Austrália encostou de vez. Com um perigosíssimo 4 a 3 em favor dos brasileiros, o momento precisava virar. Foi quando começaram as seguidas exclusões por faltas contra a equipe da Austrália. Cada exclusão dura 20 segundos, tempo suficiente para uma equipe se organizar e marcar. E foi exatamente o que a seleção fez, abrindo o placar para 5 a 3, colocando novamente dois gols de diferença.
Últimos dois quartos emocionantes. Brasil relaxa demais no fim e Austrália quase empata
Logo no início do terceiro quarto, a Austrália foi para cima e, assim como antes, encostou no placar. O 5 a 4 logo se desfez, quando os brasileiros novamente conseguiram a vantagem numérica. Embora sempre a frente, a seleção brasileira nunca conseguia impor mais do que dois gols de diferença, tornando sempre a partida emocionante.
Nos últimos minutos do terceiro quarto, o Brasil teve uma chance inédita no jogo. A vantagem de dois atletas na água, com o relógio a favor e a posse de bola. Contudo, o chute saiu no travessão, e a chance de abrir o placar para 8 a 5 foi desperdiçada.
Por pouco, esse gol não fez falta já que no fim, com um 8 a 7 a favor do Brasil no placar, os australianos foram para o “tudo ou nada”, e graças ao goleiro brasileiro, que fez belíssima defesa com menos de 3 segundos restantes, o retorno às piscinas, após 32 anos, foi coroado com vitória.