A sequência da ficção de 1996 Independence Day, chega vinte anos depois com a promessa de vingança dos alienígenas e novamente temos o dia da independência estadunidense com as comemorações sabotadas. Desta vez, uma nave feita para tomar o planeta de assalto foi enviada, deixando claro que da última vez eram apenas batedores. A chamada “Rainha de Colheita” veio para acabar com qualquer chance de sobrevivência humana mesmo que agora os terráqueos contem com tecnologia futurista proveniente do primeiro ataque extraterrestre.
Independence Day : O Ressurgimento é um misto de sci-fi e de cinema catástrofe, mas não é de fato um filme catastrófico. O sci-fi está lá, dando batalhas aéreas com lasers contra alienígenas, mostrando uma nave mãe tão grande que tem gravidade própria, além de novos aspectos daquela raça extraterrestre. A invasão é realmente sem precedentes e a escala de estragos e extinção humana é enorme, visualmente competente. O que já era de se esperar uma vez que o diretor é Roland Emmerich, que também dirigiu o primeiro Independence Day e O Dia Depois de Amanhã.
Por outro lado, o que acaba acontecendo em muitos das obras de desastres, sejam desastres naturais ou não, como visto no filme 2012, também dirigido por Emmerich, é que acabam surgindo muitos núcleos de personagens e cada um com um background diferente. Ao fim do filme nem todos são concluídos ou se quer desenvolvidos. Ainda mas se tratando de uma continuação onde já é necessário deixar espaços reservados para personagens icônicos ou apenas para a menção dos mesmos.
No “Ressurgimento” a destruição é demasiadamente mais eloquente que os personagens da trama, podendo esse ser o objetivo, o que de qualquer maneira acaba tirando parte da sensação de perigo e gravidade dos acontecimentos, do filme em si. Cidades podem ser destruídas, mas se não se teme pela perda ou dor de um personagem amado, pouco disso tem impacto. O filme cumpre a proposta de algo maior, melhor já não digo. Digo equiparado, no sentido ação e efeitos visuais.