A atleta de remo brasileira, Fabiana Beltrame, reclamou da falta de investimento dos dirigentes brasileiros na modalidade para a Rio 2016 e afirma que o esporte não deixará um legado. "O bonde passou e a gente não pegou. A gente não ter um legado. No remo, pelo menos, a gente não vai ficar com nada. Uma torre de chegada não era o legado que a gente queria para o remo. Para os próximos anos, a expectativa é que piore, infelizmente. O investimento vai diminuir, tanto público, como privado", disse Beltrame ao SporTV.
Prata no single skiff do pré-olímpico do Chile, Fabiana não se classificou para os Jogos Olímpicos. Visivelmente chateada por não participar da competição no território brasileiro, ela parabenizou as remadoras Vanessa Cozzi e Fernanda Nunes, ouro double skiff. "Lógico que eu queria uma medalha olímpica. É o que falta ao meu currículo. Mas eu acho que nas condições do remo brasileiro, eu acho que fiz bastante coisa (...). O mérito foi delas. Elas tinham que competir. Naquele momento o meu mundo caiu, eu chorei bastante", desabafou.
Beltrame se aposentou, aos 34 anos, após não ter garantido lugar nas Olimpíadas e por não ter produzido o tanto que gostaria. "O meu plano era me aposentar das competições, de um forma geral, no fim do ano. Eu antecipei, primeiro, por não ter me classificado para as Olimpíadas. Eu também tive alguns problemas que fizeram o meu rendimento cair bastante", concluiu.
Fonte: SporTv