A entrevista coletiva desta quinta-feira (4) foi com Felipe Anderson, da Lazio, e Géferson, do Internacional. O primeiro foi convocado apenas para treinar com o grupo e ajudar nos dois amistosos (México e Honduras). Já o segundo foi chamado pela primeira vez na carreira para o lugar de Marcelo, cortado com lesão nas costas.
O primeiro a falar foi Felipe Anderson. O meia não vê a vaga na Copa América tão longe assim, já que Robinho se machucou na última quarta-feira e ainda investiga a dimensão do problema. Ele mostrou todo o tempo que estava feliz com a oportunidade que teve e torce pelo companheiro: “Espero que ele esteja bem,” comentou e garantiu não estar frustrado por não entrar na lista.
Comentários sobre o escândalo na FIFA parecem ser tão proibidos quanto o 7 a 1. Marco Polo Del Nero visitou a Granja Comary pouco tempo depois da coletiva e o jogador parecia estar animado para conhecer o presidente da CBF “será um prazer”. Como já era esperado, ele fugiu de respostas sobre a polêmica “todo mundo sabe o que está acontecendo. Sabemos que é um assunto chato, mas se estivermos concentrados tudo se resolve.” Sobre o maior vexame, ele apenas disse que esse assunto não é comentado e que ficou para trás “é um novo tempo na seleção”.
Destaque na Lazio, Felipe afirma estar feliz por poder mostrar seu potencial, “foi um coroamento da minha temporada. É o período mais importante da minha vida.” Além disso, com 22 anos, tem a oportunidade de disputar as Olimpíadas ano que vem. Apesar de saber que é uma medalha muito importante para o país, ele ameniza o clima de ansiedade: “Temos que pensar só aqui, é importante, mas agora tenho que aproveitar.”
Géferson veio em seguida. O lateral do Internacional estava sorridente, mas claramente nervoso. O baiano, que tem como inspiração na posição Kléber e Marcelo, foi surpresa na lista e ainda busca seu espaço. Em seu primeiro ano como profissional, a felicidade é grande por disputar a Copa América “claro que a gente sonha, felizmente aconteceram coisas boas e eu estava preparado. É uma sensação única. ”
Perguntado sobre a reação da família na convocação, “minha família sempre deu apoio. Receberam a notícia com muita alegria.” E ainda ressaltou a importância deles em sua vida “me ajudaram a não desistir. Tive duas lesões no ombro, bateu desespero, pensei em parar, mas eles não deixaram.”
Sobre suas características em campo, ele afirmou que vem fazendo um papel mais defensivo no Inter, mas que os laterais têm que saber atacar e defender. Assim como seus companheiros, Geferson fugiu de uma resposta sobre a FIFA e reafirmou que o foco é somente na Copa América.
“Não tenho que me abalar. Venho fazendo um ótimo trabalho no Internacional, tenho que dar o meu melhor para provar que mereço estar aqui,” completou rebatendo as críticas por ser chamado para a competição que acontecerá no Chile.
