O Atlético Clube Goianiense é uma agremiação esportiva da cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás. Fundado em 2 de abril de 1937, o clube rubro-negro tem o Dragão como mascote. Quando há a pergunta sobre o motivo das cores serem o preto e o vermelho, a resposta é simples: por escolha da maioria dos fundadores, o conjunto de cores é inspirado no Clube de Regatas do Flamengo. No entanto, o molde do escudo é baseado na forma do símbolo do São Paulo Futebol Clube.
Participaram da fundação do Atlético Clube Goianiense os irmãos Nicanor Gordo — primeiro presidente do conselho deliberativo —, Alberto Alves Gordo e Afonso Gordo, Edson Hermano, primeiro goleiro do Atlético, João de Brito Guimarães, João Batista Gonçalves, Ondomar Sarti, Benjamim Roriz, entre outros envolvidos. Assim, o primeiro presidente do clube foi Antônio Accioly, descrito por atleticanos que o conheceram como 'um homem que vivia pelo Atlético'. E foi ele quem conseguiu o terreno para a construção do estádio do clube que leva seu nome. Antônio Accioly também era conhecido por resolver todos os problemas do clube, principalmente os econômicos.
No decorrer dos anos, o Atlético conquistou quatro títulos no âmbito nacional. O primeiro foi o Torneio da Integração Nacional, disputado por 16 agremiações de diferentes estados brasileiros em 1971. O Dragão ainda foi campeão da Série C, em 1990 e 2008. No entanto, o maior título da história atleticana aconteceu no ano de 2016. Numa campanha sólida e regular do início ao fim, o Rubro-Negro Goiano se sagrou Campeão Brasileiro da Série B. Porém, o Atlético Clube Goianiense passou por grandes dificuldades no começo do século XXI por conta de más administrações. Até chegou próximo de seu fim, inclusive com a demolição e abandono do estádio Antônio Accioly. Em 2003, pela primeira vez em sua história, o clube foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Goiano, de onde não conseguiu sair em 2004.
Só em 2005, com a ajuda de verdadeiros torcedores e abnegados, além do Presidente do Conselho Deliberativo, Jovair Arantes, e ex-presidentes como Wilson Carlos, Valdivino de Oliveira e Maurício Sampaio, também com outros importantes beneméritos, o clube ressurgiu à elite estadual. O estádio Antônio Accioly foi reconstruído e o Dragão foi campeão da divisão de acesso. Dois anos depois, após jejum de 19 anos, o Atlético Clube Goianiense voltou a conquistar um título estadual, numa campanha que ficou marcada na memória do torcedor rubro-negro.
Em 2018, o sonho do retorno ao Estádio Antônio Accioly se tornou realidade, para a alegria da torcida. O Presidente Adson Batista, juntamente com outros diretores da história atleticana, como Sebastião Santana, o Castelo do Dragão fez o Bairro de Campinas pulsar novamente em Goiás.
A estrutura do Atlético tem como seu ponto forte o Centro de Concentração e Treinamentos do Dragão. O time principal realiza todas as atividades sem precisar se deslocar por diferentes locais de treinamentos da cidade. E a estrutura não para de crescer com o Dragão, a cada dia, crescendo um pouco mais tanto no futebol, quanto em suas condições estruturais. O Centro de Treinamentos tem três campos de futebol com medidas oficiais de jogo, academia, banheiras para recuperação física dos jogadores, departamentos de fisioterapia, fisiologia e também de nutrição. A Concentração conta com 20 suítes duplas, refeitório, salas de TV e de jogos e auditório. No mesmo complexo, ainda existe a sede de administração do clube.
Alguns dos craques que ficaram famosos em todo Brasil e no exterior foram revelados pelo Atlético Clube Goianiense. Baltazar, o "Artilheiro de Deus", que também jogou por Grêmio, Flamengo, Palmeiras, Goiás e Atlético de Madrid (Espanha), foi um dos jogadores mais destacados que começaram suas carreiras no Dragão. Júlio César, "O Imperador", que brilhou pelo Flamengo e Valdeir, "O The Flash", ídolo no Botafogo, também foram revelados pelo Rubro-Negro Goiano.
Meu Atlético,
meu estandarte
modéstia à parte tem a força
quente de um dragão
Meu Atlético tem a mania de dar
alegria pro meu coração...
Meu rubro negro, eu chego e vejo,
você cumprindo o meu desejo de vencer, vencer, vencer!
dá gosto ver nosso esquadrão,
rolando a bola pelo chão e
dando um show e mais um gol...
Lê Lêlêoo
Lê Lêlêoo
Atlético!
O Clássico Vovô é uma das maiores rivalidades disputadas no estado de Goiás, ela se dá no duelo entre Goiânia Esporte Clube e Atlético Clube Goianiense. O nome refere-se às datas dos clubes, pois ambos são os times mais antigos da capital Goiânia.
Na data de 31 de julho de 1938, ocorreu o primeiro confronto entre os clubes, onde foi vencido pelo Goiânia pelo placar magro de 1 a 0, partida disputada no campo de Campinas, bairro goianiense. Mas o ápice da rivalidade foi na década de 1940, onde decidiram o Campeonato Goiano nas edições de 1944, 1946, 1947, 1948 e 1949.
Desde 2008, uma sequência de fatos ocorreu nos dois clubes, enquanto o Goiânia caía para a segunda divisão do Campeonato Goiano, caindo em crises sem precedentes, o Atlético passou a um bom momento, tendo feitos incríveis desde então, o Dragão conseguiu ser campeão goiano em 2007, 2010, 2011, 2014 e 2019 o bicampeonato (2010-2011) consecutivo ao qual seria fato inédito em sua história rubro-negra, o título do Brasileirão Série C de 2008, o Campeonato Brasileiro Série B de 2016 (sua maior conquista até agora) e a promoção para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol em 2009 ao qual permanecera por três anos consecutivos na elite e também não podemos deixar de mencionar a primeira participação do Dragão numa competição internacional: a Copa Sul-Americana em 2012 e sua inédita chegada às semifinais da Copa do Brasil, pondo à terra a rivalidade equilibrada com o Goiânia.