Ministério da Saúde diz que capacidade de produção de testes no Brasil é insuficiente
Os secretários de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira e executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante divulgação do boletim técnico do Ministério da Saúde e atualização das ações de enfrentamento ao coronavírus (Foto: Marcello Casal Jr. / Ag. Brasil)

Secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo disse em coletiva nesta quinta-feira (9) que o Brasil distribuiu 900 mil testes até o momento, quantidade maior que a disposta pela Coreia do Sul, país que adotou ampla testagem no decorrer da pandemia de coronavírus. Do número dito por Gabbardo, 500 mil testes rápidos já foram distribuídos. Porém, o montante é pequeno para a população de 210 milhões de pessoas que vivem no país, exponencialmente maior que os 48,3 milhões habitantes da nação sul-coreana.

A capacidade de produção de testes no Brasil ainda é insuficiente diante do aumento da demanda, como disse Wanderson de Oliveira, secretário de vigilância do Ministério da Saúde.

Wanderson conta que com a distribuição de testes, há um certo fôlego para as próximas duas semanas de abril. E destaca que as secretarias de saúde precisam usar os testes em casos graves (ou seja, em internados) e nas unidades sentinela. Também orienta que os testes não sejam usados em todos os casos de síndrome respiratória aguda grave, já que o país não tem condições de repor esses testes de forma rápida e imediata.

Um balanço sobre a situação brasileira da pandemia foi publicado nesta quinta-feira (9), no boletim epidemiológico da pasta. "Se acabar o teste, não temos como suprir imediatamente", afirmou Wanderson.

Novo edital para compras de máscaras

João Gabbardo também anunciou que na próxima segunda-feira (13) o Ministério da Saúde abrirá um novo edital para cadastrar fornecedores nacionais que tenham interesse em vender máscaras, ventiladores mecânicos e respiradores para o país no combate ao coronavírus.

Brasil: 17.857 casos detectados e 941 óbitos

Com novo recorde de óbitos por coronavírus, o Brasil tem 141 novas mortes registradas nas últimas 24 horas e já soma 941 falecimentos até 14h desta quinta (9). Ao todo, o país tem 17.857 casos detectados de Covid-19. Com isso, o país apresenta uma taxa de letalidade em 5,3%. Esse número de letalidade se dá porque o Brasil ainda enfrenta uma longa fila reprimida para testagem de casos suspeitos. E a demora para processar os resultados, bem como a limitação na quantidade de testes disponíveis, impactam nas estatísticas com as quais as autoridades de saúde trabalham corriqueiramente.

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