Rodrigo Maia aponta erros do Executivo e diz que 'governo já deveria ter fechado as fronteiras'
Foto: Reprodução / EBC

Na manhã desta terça-feira (17), o governo do estado de São Paulo confirmou a primeira morte por Covid-19 no Brasil. Até o início da noite, o Ministério da Saúde confirma 291 casos confirmados da doença em todo o país, além dos 8.891 suspeitas. E tudo isso alerta o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ele não escondeu a preocupação com a aceleração do crescimento de números no Brasil, que saltou de um pouco mais de 2 mil para 8.891 suspeitos de ter coronavírus. Porém, Maia ressaltou que quem direciona toda a situação é o poder Executivo.

"Acho que o governo já deveria ter fechado as fronteiras. Acho que deveria ter restringido os voos internacionais. E já deveria ter restringido a circulação das pessoas, principalmente nos estados aonde a projeção é de problemas maiores como o estado do Rio e o estado de São Paulo. Mas essas posições são comandadas pelo poder Executivo. A minha opinião pessoal, pelo que eu vejo dos melhores exemplos do resto do mundo, e que já deveria ter fechado as fronteiras, já deveria ter restringido os voos internacionais no mínimo e já deveria ter criado um plano de contingência no Rio e em São Paulo para que a circulação ficasse restrita", opinou Rodrigo Maia em entrevista coletiva nesta tarde.

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continuou menosprezando a pandemia, em entrevista à Super Tupi, do RJ, ao dizer: "O cara não vai ficar em casa. Então, essa histeria leva a um baque da economia. Alguns comerciantes acabam tendo problemas".

Não podemos, pela questão econômica, ter um problema ainda maior de saúde pública. Principalmente em comunidades, você tem casas de tamanho pequeno com cinco, seis pessoas. Não há condição de isolar essas pessoas", completou.

Rodrigo Maia anunciou que deputados poderão votar pautas à distância na Câmara a partir da semana que vem, por meio de um aplicativo. Ele também antecipou que as pautas voltadas ao combate do COVID-19: "Fundeb, a gente pode votar daqui a algumas semanas. Preferencialmente, [propostas ligadas ao] coronavírus", disse.

Depois da troca de farpas entre o próprio Maia e jair Bolsonaro, o presidente da Câmara declarou que sua repartição está disposta a abrir mão de conflito entre os poderes: "Esquece briga. Vamos deixar o conflito político para depois".

Maia fechou dizendo que o mais importante agora é ter calma e não entrar em pânico porque 'até certa idade, o risco [da doença] é muito pequeno'. E alertou que 'precisamos é cuidar dos idosos e divulgar a informação para sociedade cuidar daqueles que estão sob maior risco. A Câmara trabalhará nessa linha'.

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