Especial Eleições 2019: compare as propostas de Bolsonaro e Haddad para o esporte brasileiro
Montagem: Vavel Brasil

O próximo presidente do Brasil será conhecido no próximo domingo, 28 de outubro. Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) concorrem ao cargo mais importante da República. A VAVEL Brasil relembra abaixo o que os dois propuseram para o esporte caso sejam eleitos. 

JAIR BOLSONARO (PSL)
Nome completo: Jair Messias Bolsonaro (PSL)
Vice: General Hamilton Mourão (PRTB)
Data de nascimento: 21/03/1955
Coligação: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos - PSL e PRTB
Ocupação declarada: Ex-membro das Forças Armadas
Valor em bens declarados: R$ 2.286.779,48
Time de coração: Botafogo e Palmeiras

Foto: Divulgação Facebook
Foto: Divulgação Facebook

 

Candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro destaca o esporte apenas quando fala sobre saúde e educação. Em seu plano de governo não há quaisquer propostas específicas relacionadas ao campo. Na parte em que aborda a prevenção de doenças, intitulada como "Prevenir é melhor e mais barato" em seu plano, o candidato cita a integração do esporte com o programa Saúde da Família.

"Outro exemplo será a inclusão dos profissionais de Educação Física no programa Saúde da Família, com o objetivo de ativar as academias ao ar livre como meio de combater o sedentarismo e a obesidade e suas graves consequências à população, assim como o AVC e infarto do miocárdio", dizem as diretrizes do presidenciável.

PLANO DE GOVERNO:

Não cita o esporte especificamente em nenhum capítulo.

FERNANDO HADDAD (PT)
Nome completo: Fernando Haddad
Nascimento: 25/01/1963 - São Paulo
Vice: Manuela D'Ávila (PCdoB)
Coligação: O Povo Feliz De Novo - PT – PROS – PCdoB
Ocupação declarada: Professor de Ensino Superior
Valor em bens declarados: R$ 428.451,09
Time de coração: São Paulo

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

O candidato fala em ampliar a participação popular em arenas da Rio-2016, reorganizar o sistema esportivo no país e recuperar políticas de incentivo do governo Dilma para a área. O político do Partido dos Trabalhadores (PT), disse ainda que quer implantar metas de transparência na gestão de clubes e da CBF, e criar um Sistema Único do Esporte para organizar todo o segmento no país.

PLANO DE GOVERNO:

O esporte é um direito social previsto em nossa Constituição. Como instrumento de formação educacional e integração social, que contribui para a convivência em comunidade e para a vida saudável, o esporte constrói a cidadania. Como manifestação cultural é um dos pilares constituintes da identidade brasileira. É também uma potente âncora econômica, com força para gerar riquezas e empregos, sendo historicamente um importante fator de desenvolvimento social e inserção das minorias. Sua capacidade de mobilizar crianças, adolescentes e jovens permite a implementação de ações transversais nas áreas de educação, saúde e segurança cidadã.

Os governos Lula e Dilma investiram muito no esporte. Destacam-se a criação da Bolsa Atleta (auxílio financeiro para o jovem atleta estudar e treinar), a aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte, induzindo a uma maior participação das empresas no patrocínio esportivo, a recuperação da vocação esportiva das Forças Armadas e dos Clubes Esportivos Sociais, instituições que estão na base da tradição esportiva brasileira, construção e requalificação de milhares de quadras esportivas, a recuperação dos equipamentos esportivos da maioria das modalidades esportivas, com a aquisição de equipamentos que permitiram um grande salto de qualidade na preparação dos atletas nacionais, além da organização dos grandes eventos esportivos.

Por decisão do Presidente Lula, o esporte paralímpico passou a ser valorizado, recebendo a mesma atenção que os esportes olímpicos. Como resultado, milhares de jovens com deficiência acharam uma oportunidade de vida no esporte, transformando o Brasil em uma potência no esporte paralímpico, revelando valorosos exemplos de sucesso e criando uma geração de novos ídolos, que assombram a todos com suas histórias de superação e dedicação. Na mesma linha, a Presidente Dilma apoiou a construção do Centro Paralímpico Brasileiro, um dos mais modernos do mundo, além de garantir a ampliação do financiamento ao esporte paralímpico. Esses novos recursos permitiram ao Comitê Paralímpico Brasileiro a gestão do Centro em altíssima qualidade, criando um dos maiores casos de sucesso na gestão do Legado dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, para citar apenas dois exemplos, induziram investimentos urbanos, modernizaram nossa infraestrutura esportiva, geraram investimentos em aeroportos e na economia do turismo. Em um período de pouco mais de uma década superamos o atraso da nossa infraestrutura esportiva e criamos um dos mais importantes conjunto de equipamentos esportivos do mundo. Projetos como o Metrô do Rio que se arrastavam a décadas foram
entregues em prazo recorde, trazendo qualidade de vida à população. Mostramos ao planeta que, fora de campo, somos capazes de receber povos do mundo todo. Lembramos com orgulho e nostalgia das imagens da convivência dos brasileiros com torcedores de todas as partes do planeta, em um ambiente de festa e com absoluta segurança. Os grandes eventos deixaram lições. É preciso continuar atraindo eventos internacionais para aproveitar a vantagem competitiva gerada pela qualidade das novas instalações esportivas. Avaliar os erros e acertos é um imperativo para que o país possa continuar competitivo nesse segmento econômico tão relevante. 

É tarefa urgente reverter o sucateamento de parte das estruturas criadas e retomar os investimentos em manutenção, operação e construção, abandonados em grande parte pelo governo golpista, bem como recuperar o projeto original de Legado dos Parques Olímpicos do Rio, articulando a Rede Nacional de Treinamento é tarefa de curto prazo. Nosso programa de governo entende que o desenvolvimento do esporte deve ser tratado como política de Estado. Por essa razão, proporemos ao país um grande debate para a criação do Sistema Único do Esporte, definindo o papel da União, Estados, DF, Municípios e das entidades esportivas na oferta de políticas de esporte (sistema quadripartite), a exemplo do que ocorre na saúde, com o SUS. A governança desse Sistema deve assegurar a participação e controle social e a otimização dos recursos públicos.

Para promover um grande salto na gestão do esporte brasileiro, o governo vai implementar a Universidade do Esporte, articulando ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de profissionais de nível internacional voltados para toda a cadeia produtiva do esporte (gestão esportiva, saúde, pesquisa e políticas públicas. O futebol expressa a própria identidade nacional e será foco de importantes políticas públicas voltadas para a transparência, a boa gestão e o fortalecimento do mercado brasileiro. Por meio do BNDES, o governo implementará o Programa de Modernização da Gestão do Futebol, além de apoiar a construção de um calendário unificado que garanta atividade anual permanente para todas as séries e campeonatos. Apoiará também a estruturação a nível nacional do futebol feminino. O governo federal vai contribuir para a viabilização das Arenas da Copa nos Estados, estimulando a promoção de eventos e gerando, no curto prazo, milhares de empregos. O futebol se tornará vetor de desenvolvimento e promoção das capacidades do país.

O governo Haddad investirá em todas as práticas esportivas, tais como vôlei, basquete, natação e esportes radicais, tanto no esporte amador quanto no de alto rendimento. O Plano Brasil Medalhas será relançado e aperfeiçoado, bem como os investimentos na Rede Nacional de Treinamento. Serão retomados os investimentos na infraestrutura de equipamentos esportivos, sobretudo reforma e requalificação de quadras nas escolas. O foco será nos equipamentos voltados às juventudes e na acessibilidade para pessoas idosas e com deficiência. Além disso, serão promovidos o esporte escolar e a integração da política de esporte com as demais políticas públicas, o que inclui o apoio aos municípios na criação de espaços livres para prática espontânea de esporte pela população.

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