VAVEL Indica: Lucy Rose

A britânica de 28 anos é a explicação perfeita para a expressão “menos é mais”, e conquistou meus ouvidos de tal forma que foi impossível não trazê-la para o VAVEL Indica.

Conheci o trabalho de Lucy Rose por acaso; o YouTube me sugeriu um vídeo dela, onde se apresentava apenas com voz e violão. Depois de buscar mais, descobri que aquela era a essência do que a cantora se propunha a fazer: som minimalista e underground, de qualidade.

Com voz doce, estilo indie folk, e dona de agudos delicados, totalizou quatro álbuns gravados (Like I Used To, Work It Out, Live at Urchin Studios, e o mais recente Something’s Changing) e uma série de singles (Middle of the Bed, Shiver, Nebraska, Floral Dresses, etc). Mesmo assim, não se limitou às produções tradicionais.

Por conta da falta de recursos para a gravação de novos discos, a artista decidiu fazer da internet sua maior aliada, e começou a publicar vídeos sem muita produção (como o que assisti) que foram responsáveis por dar uma pequena visibilidade para o seu trabalho.

Lucy Rose é um nome que por injustiça do destino não despontou significantemente no cenário indie mas que, mesmo assim, conseguiu garantir uma pequena legião de fãs fiéis. Em 2016, a pedido dos que apreciam seu trabalho, a cantora deu início a uma turnê independente, e quase sem fins lucrativos, pelos países da América do Sul, passando também pelo México.

Durante os quase três meses viajando, tocou de graça e se hospedou na casa de amigos e fãs. Em sua passagem pelo Brasil, marcou presença em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

A gente se sente próximo à Lucy ao ouvir suas músicas, e acredito que este seja o principal fator que nos faz sentir acolhidos e confortáveis ao escutá-la. Música com sentimento e verdade é o que essa cantora curte fazer, e faz!

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