Lançado em junho de 1995, Jagged Little Pill foi o terceiro álbum de estúdio de Alanis e o que catapultou sua carreira para o topo das paradas musicais entre 1995 e 1996. É considerado um dos dez melhores álbuns da década de 90, e o melhor álbum de Rock Alternativo, por uma mulher, lançado no século passado.
Assim que lançou, Morissette foi considerada uma das mulheres mais influentes da música. O disco, que havia sido lançado com pouca expectativa, já que não se esperava que ele vendesse mais do que 250 mil cópias, estreou em #118 no Billboard 200 dos Estados Unidos. Com a divulgação do primeiro single "You Oughta Know", a canção logo chamou atenção, e seu videoclipe passou a ser exibido na MTV.
Após isso, os outros singles do albúm foram lançados até chegar no pico #4 na Billboard com "Ironic", seu maior hit. De acordo com a RIAA (Recording Industry Association of America), Jagged Little Pill é o mais bem vendido álbum de estreia de uma cantora feminina de todos os tempos, com 16,2 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.
O sucesso do disco foi tão grande que os dois primeiros álbuns da cantora foram, praticamente, desconsiderados pela mídia, sendo JLP considerado o primeiro albúm de Alanis. Contando com 12 faixas, o terceiro disco trazia resquícios do punk e do grunge, somados com a atitude agressiva e cheia de energia dela que, com apenas 20 anos, havia escrito as músicas que viriam a fazer parte do JLP.
Ainda em 1995, a cantora começara uma turnê mundial para a divulgação do projeto. Uma curiosidade: Taylor Hawkings, do Foo Fighters, foi o baterista da turnê desse álbum. Além das boas letras que ela compunha, sua capacidade vocal era – e continua sendo – impressionante, ainda mais para uma menina de apenas 20-21 anos, à época.
É notório o porquê do sucesso estrondoso do hit "Ironic". Com uma melodia gostosa de ouvir, Alanis começa cantando de forma suave até explodir no refrão. Morissette afirmou que o disco trata de sua história e, provavelmente, foi por isso que alcançou tantos jovens em seu lançamento, abordando temas muito pertinentes para aquela época e que ainda podem ser resgatados para os dias atuais, mesmo após a passagem de 20 anos do seu lançamento.
De um jeito irônico e até um pouco ácido, Alanis havia - talvez sem perceber - criado um dos maiores hinos feministas de sua geração, sem vergonha de cantar sobre as pressões, os problemas e as angústias de um jovem (de qualquer sexo), e de uma mulher, mais especificamente, em suas canções.