Para as escolas da Série A do Rio de Janeiro o Carnaval deste ano promete ser bem mais complicado do que os últimos. Com o corte de 50% da verba destinada para a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) boa parte das agremiações relataram dificuldades na preparação dos desfiles. No último dia 4, o prefeito da cidade do Rio, Marcelo Crivella, garantiu a liberação da verba de R$10,3 milhões por parte da prefeitura carioca. No entanto, ainda é incerto que o nível dos últimos desfiles seja mantido para este ano.
Assim como com as escolas do Grupo Especial, o relacionamento das agremiações da Série A com o prefeito carioca foi extremamente complicado no ano passado. Como consequência imediata, todos os ensaios técnicos na Sapucaí, já tradicionais antes dos Carnavais, acabaram sendo cancelados. Em dos casos mais emblemáticos, o Império da Tijuca lançou um programa na Internet para arrecadar fundos para conseguir fazer o seu desfile em 2018.
Nos últimos anos, os desfiles da Série A contaram com um nível técnico bastante elevado, apesar de um relativo desequilíbrio. A tendência é que para 2018 exista um distanciamento ainda maior entre as agremiações que irão disputar o acesso ao Especial, em relação àquelas que vão lutar contra o rebaixamento. No entanto, a aproximação que existia entre as agremiações da Série A em relação a alguns desfiles do Especial deverá diminuir, por conta das diferenças de orçamento das duas divisões.
O ponto positivo fica por conta dos sambas-enredo que novamente não deixaram nada a desejar em relação ao Especial. Escolas como a Unidos de Padre Miguel, a Sossego, a Império da Tijuca, entre outras, vão levar para Sapucaí sambas de nível extremamente alto que fariam inveja a maioria das agremiações da principal divisão do Carnaval do Rio de Janeiro. O alto nível da trilha sonora para sexta e sábado está garantido.