O ano de 2018 é especial para o mundo do samba. Um dos maiores ícones do gênero, Martinho da Vila completa 80 anos. Se a Azul e Branco do bairro de Noel não irá homenagear o seu principal ícone, o Carnaval de São Paulo irá ter a responsabilidade de levar a história de José Ferreira para a Avenida. Com o enredo "80 anos do Dikamba da Vila", o Unidos do Peruche será a segunda escola a passar no dia 9/02 (sexta-feira) no Anhembi. A agremiação busca dias melhores, após um desfile bastante irregular no ano passado que quase custou a sua permanência na elite do Carnaval.
Nascido em 1938 na cidade de Duas Barras, José Ferreira, adotou o nome Martinho e a Vila Isabel para a vida. Um dos maiores nomes da música brasileira, ele tem uma ligação intensa com o carnaval. Compositor de vários sambas históricos da escola do bairro de Noel, Martinho é o presidente de honra da agremiação que conquistou três títulos no Rio de Janeiro.
Não será a primeira vez que Martinho da Vila dará as caras no Anhembi. Em 2009, ele foi homenageado pelo Tom Maior em um desfile que falava sobre Angola. A ligação do sambista com país africano foi explorada por um enredo que contava sobre a luta dos angolanos pela independência e também sobre a guerra civil vivida no local. O resultado acabou não sendo tão animador e a escola acabou ficando apenas na 11º colocação.
No primeiro ano do carnavalesco Mauro Quintaes, que participava até o ano passado da comissão de Carnaval da Unidos da Tijuca, o Unidos do Peruche tenta se recuperar de um ano bastante irregular. Em 2017, a escola fez uma homenagem a cidade de Salvador e acabou tendo um resultado não muito satisfatório ficando em 11º lugar.
Com cinco títulos do grupo Especial do Carnaval de São Paulo, o Peruche não saber o que é gritar campeão há 51 anos. Quem sabe Martinho da Vila pode inspirar a escola a quebrar esse jejum e faturar o título em 2018.