Seguindo o quadro VAVEL Indica, chegamos com uma banda que, sem sombra de dúvidas, é a salvação do rock moderno. O Royal Blood, banda formada pela dupla Mike Kerr e Ben Thatcher, tem potencial para conquistar o mundo de vez nos próximos anos, e isso é uma missão que já está sendo muito bem feita.
Na quinta edição do quadro, falamos de um duo britânico, formado em Brighton, na Inglaterra, que mistura vários estilos de rock, desde o hard rock, passando pelo blues rock, até o garage rock, um punk que existiu em meados dos anos 60. O estilo único da banda surpreende, com Mike Kerr liderando os vocais e tocando um baixo usando vários pedais que fazem com que seu som fique muito parecido como uma de guitarra.
Na primeira vez que você escutar o Royal Blood, com certeza será amor pela primeira vista, ainda mais se você gostar de um estilo mais pesado, com uma pegada agressiva e algo totalmente diferente de bandas recentes.
O primeiro álbum da banda foi feito em 2014, intitulado com o próprio nome banda: Royal Blood. E, de cara, Kerr e Thatcher mostraram seu talento absurdo para o mundo, emplacando um álbum excelente do início ao fim, com riffs de baixo (sim, é um baixo!) insanos, refrões pegajosos e uma bateria diferenciada, que se englobam numa harmonia impecável.
Os grandes sucessos do seu primeiro disco foram os singles "Little Monster", "Out Of The Black" e "Come On Over", além de outras faixas muito bem feitas, como "Figure It Out" e "Ten Tonne Skeleton". A aceitação do público pelo álbum de estreia da dupla foi assustador, com a banda alcançando o primeiro lugar nas paradas no Reino Unido e Irlanda, além de terceiro lugar na Austrália e sexto lugar na Nova Zelândia e Suíça, algo impressionante para uma banda debutante e com um estilo "diferente".
A banda venceu o prêmio de melhor grupo britânico em 2014 no British Awards e participou da edição 2015 do Rock In Rio, onde fez um grande sucesso
Após o grande sucesso com um álbum tão bem feito, a responsabilidade era ainda maior para seu sucessor... e eles conseguiram corresponder a expectativa. Neste ano, Mike e Ben apresentaram ao mundo o segundo disco: How Did We Get So Dark?. Porém, vale lembrar que, de certo modo, o álbum nasceu mesmo em 2015, quando a banda tocou a música "Hook, Line & Sinker", que viria a ser single do disco, no festival Reading & Leeds, o causou bastante surpresa a todos na época. A canção foi a primeira música gravada para o HDWGSD.
Em março de 2016, a banda lançou mais uma canção que viria a ser faixa do novo álbum: "Where Are You Know". Ok, se você pegar a primeira versão, que foi tema da série da HBO, Vynil, e comparar com a versão que entrou no álbum, irá perceber que a dupla mudou alguns aspectos, desde a letra, até a formatação da canção.
+ How Did We Get So Dark?: Royal Blood e a evolução da revolução
Mas, como já dito, a segunda, pelo menos para mim, obra de arte feita pelo Royal Blood foi lançada no dia 16 de junho, com muitas e muitas expectativas, já que deveria, pelo menos, igualar o fantástico primeiro disco da banda. E sim, com músicas espetaculares como "Hole In Your Heart", "How Did We Get So Dark" e "Lights Out", primeiro single do álbum, Kerr e Ben mostraram que estão no mercado da música para tomar o posto de grande banda de rock mundial.
Por incrível que pareça, vendo a qualidade destes dois, Royal Blood, mesmo estando em um momento especial, no seu auge, ainda não tem a popularidade que merece. Já com dois álbuns, a probabilidade é que a fama da banda se espalhe pelo mundo inteiro, e o Brasil já mostrou que é um país que tem vários fãs dos britânicos, mas eles podem mais.
Como dito no review do segundo álbum, Royal Blood é a evolução da revolução, ou seja, Mike Kerr e Ben Thatcher estão bem à frente de todas as outras bandas de seu tempo quando falamos de rock bem produzido. Posso cravar com toda a convicção: eles dominarão o mundo em breve. Será um "grupo" com o mesmo sucesso de bandas como Arctic Monkeys. Nem precisa ser dito que Royal Blood é mais que indicado para os fãs de rock.