How Did We Get So Dark?: Royal Blood e a evolução da revolução
Foto: Divulgação/Royal Blood

Após três anos, eles estão de volta! Royal Blood, a banda da sensacional dupla formada por Mike Kerr e Ben Thatcher, está de volta com um álbum que com certeza dominará as paradas do mundo inteiro em breve: o How Did We Get So Dark.

Você se pergunta: como assim "a evolução da revolução"? Royal Blood simplesmente se consolida como a grande banda do rock da nova geração. A evolução do primeiro projeto, o "Royal Blood", para o segundo é visível, desde os vocais, até a forma como os levaram o álbum. Novos horizontes, músicas um pouco mais "melódicas" e até, de certo modo, "baladinhas". Alguns fãs podem não gostar de início, mas a certeza é que irão se acostumar.

Pensando nisso, a redação da VAVEL Brasil já escutou o álbum assim que ele saiu do forno e preparou esse review com os pontos altos e fracos (será que tivemos?) de cada faixa.

#1 How Did We Get So Dark?

O grande ápice do novo álbum da banda britânica são, como já dito no início da matéria, o vocal. Mike Kerr já mostra sua evolução na primeira faixa do álbum. Além disso, os backing vocals estão incrivelmente bem encaixados, e é o que "How Did We Get So Dark" mostra logo de cara, com um final impressionante e pegajoso.

#2 Lights Out

O primeiro single do álbum e primeiro single da banda desde 2013. "Lights Out" já chegou arrebentando tudo com um clipe simplesmente fantástico e relativamente sombrio. Som pesado, grande presença de Ben Thatcher na bateria e, mais uma vez (vou ficar repetindo isso várias vezes), Kerr detonando nos vocais. A evolução dele no quesito é bem perceptível.

#3 I Only Lie When I Love You

A pegada progressiva e pesada continua na terceira faixa do álbum, o segundo single, "I Only Lie When I Love You". Kerr e Thatcher continuam numa sintonia que só eles podem proporcionar. Além disso, mais uma vez o destaque para os backing vocals, principalmente no refrão.

#4 She's Creeping

O ritmo diminui um pouco em relação às duas faixas anteriores, mas isso não quer dizer nada quando falamos de Royal Blood. Riff e bateria relativamente simples em sua boa parte, só que o destaque retorna aos vocais de Mike Kerr, que continuam impecáveis. O refrão é incrivelmente gostoso de escutar, com backing vocals impecáveis. Posso dizer que é a música preferida da pessoa que está escrevendo esse artigo.

#5 Look Like You Know

A progressão um pouco mais pesada retorna no início em "Look Like You Know", mas só mais no começo mesmo. A entrada do refrão, ápice da faixa, tem um tremolo muito bem executado. Além disso, o outro é sensacional. Mais uma música muito bem formatada por Kerr e Thatcher.

Servidos? | Foto: Reprodução
Servidos? | Foto: Reprodução

#6 Where Are You Know?

Essa já é uma música conhecida por todos os fãs do Royal Blood. Um dos temas da série "Vinyl", essa música foi lançada como single promocional em 2014 e foi tocada em vários shows também. Porém, ela sofreu mudanças, tanto na melodia, que ficou um pouco mais rápida, como na letra, além de inserções de backings mais presentes. É a mesma música de três anos atrás, só que é uma canção diferente. Acho que deu para entender, certo?

#7 Don't Tell

"Don't Tell" é, sem sombra de dúvidas, o ápice individual de Mike Kerr. É uma típica música "baladinha", com uma intro gostosa de escutar e os vocais, ah, os vocais, mais uma vez tendo o grande destaque. Os backings melhores do que nunca, que dá vontade cantar com alguém do seu lado. Sim, o Royal Blood também conhece ser "amorzinho". Mais um ponto da tremenda evolução da dupla.

#8 Hook, Line & Sinker

A primeira música gravada para o novo álbum, lá mesmo na metade da turnê do primeiro álbum, tanto que foi até tocada no Reading Festival em 2015, mas a banda não deixou que filmassem. Enfim, Hook, Line & Sinker é, provavelmente, a música mais "completa" do álbum. Tudo está em perfeita sintonia, desde os vocais, passando pela bateria de Ben Thatcher, até o baixo de Mike Kerr. Os versos são muito bem compactados também.

#9 Hole In Your Heart

Repito: lembram da tal "evolução"? Pois é, quem diria que o Royal Blood teria piano abrindo uma de suas canções? A vibe de "Hole In Your Heart" é especial, com um belo piano iniciando a canção, passando por um riff animal e animado, além de uma bateria bem presente, marca garantida de Ben Thatcher. Mais uma música que terá um sucesso estrondoso, sem sombra de dúvidas.

#10 Sleep

Diminuímos o ritmo mais uma vez no início de "Sleep". Porém, como ótima banda que é, RB vai acelerando ritmo devagarinho. Para fechar: os backings, mesmo que menos perceptíveis, são uma parte importante da música. Pode-se dizer que a canção é, relativamente, uma baladinha também. Não tanto como "Don't Tell", mas é. Mesmo assim, a banda consegue fechar com chave de ouro um álbum simplesmente sensacional.

Eles voltaram para ficar | Foto: Reprodução
Eles voltaram para ficar | Foto: Reprodução

Bom, se eu tivesse que apontar um único e simples problema no álbum, seria o tempo. Claro que é típico de bandas britânicas não exagerarem no tempo de suas faixas, ainda mais o Royal Blood, que coloca poucas músicas no álbum, mas poderia ter um tempo maior após tanto tempo de trabalho e composição. Tirando isso, o álbum é impecável em todos os sentidos. Com certeza um dos melhores álbuns de bandas britânicas dos últimos anos.

Nota: 9.5/10

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