Toda virada de ano fazemos listas, comentários, planos com nossos desejos e conforme o tempo passa, por vários motivos, não realizamos aquilo que foi planejado no primeiro dia do ano. Eu sou um desses que sempre quer coisas novas e inéditas na vida. Só que nunca me passou pela cabeça que em 2015, a mudança seria gigante, tudo por causa de um convite feito durante a madrugada.
Trabalhar dignifica o homem, como diz o ditado. Por alguns problemas familiares, estava apenas estudando em meu curso de jornalismo, sempre com o objetivo de entrar no meio esportivo. Sabedor das dificuldades, o pessimismo era maior do que as oportunidades. Até que uma mensagem chegou em meu celular. Era começo de março e tratei daquilo como apenas mais uma que viria e que não se sustentaria, pela falta de objetivos, de gana e oportunidades da empresa. Foi me pedido um texto e, se eu fosse aprovado, teria visibilidade. Nunca imaginei que a desconfiança inicial viraria um dos maiores orgulhos que já fiz.
Sinceramente, dinheiro sempre é bom, mas fazer o que gosta talvez seja melhor ainda. O prazer de estar no meio superou o fato de não receber algo financeiro. A VAVEL deu algo à mais. Abriu as portas para um estudante praticar. Errar, buscar acertos e ter responsabilidade. E fui logo dando as caras naquilo que acho entender, como futebol, basquete e vôlei, e sendo ousado para escrever e aprender sobre tênis e ser mais entendido no mundo das lutas.
Aos poucos, fui entendendo do riscado e quando vi, me deram a coordenação de um dos maiores clubes do Brasil, cheio de notícias e mídia. Ao lado de bons colegas, fiz do Corinthians um apoio para crescer. E o Timão me fez mais profissional, buscando ser imparcial sempre, tentando tirar a emoção das palavras em meio à derrotas doloridas e vitórias épicas.
Se tudo isso era apenas um tópico naquela lista de começo de ano, imagine estar numa competição internacional de seleções em outro país. O pessoal acreditou num inexperiente menino para ir ao Chile fazer a Copa América 2015. Confesso que passei noites em claro, perdi um semestre na faculdade, quase desisti, mas que no fim, se tornou, talvez, a maior experiência da minha vida. Não sou de fugir da luta, mas sempre penso nas possibilidades. Boas e ruins. Minha imaturidade talvez tenha tirado um pouco de mais conteúdos, mas me mostrou que posso trabalhar ao lado de grandes nomes do jornalismo e mostrar que a VAVEL está presente em todas elas. Sem mencionar poder conhecer jogadores que meses atrás só via pela tv ou pelo video-game. Um sonho tão grande quanto poder cobrir um treinamento do Brasil no CT Joaquim Grava, também realizado.
De volta ao Brasil, segui firme e forte ao lado do Corinthians na caminhada rumo ao hexa, escrevendo especiais e tentando emocionar o fiel torcedor. Mas também estive ao lado dos rivais, principalmente na Copa do Brasil, com a conquista palmeirense.
Como diz naquele filme, missão dada é missão cumprida. E tentei, sempre, confirmar e fazer aquilo que era me pedido. Por isso, fiz grandes partidas dos playoffs da NBA, fiz duelos marcantes no circuito do tênis, lutas históricas e escrevi gols indescritíveis. Foi nas minhas mãos que surgiram as palavras para a pintura de Messi contra Boateng, no Barcelona x Bayern de Munique. Também foi de mim, que Neymar chapelou o defensor, de costas, e mandou nas redes. Para o corinthiano, gols como de Lucca, no massacre contra o Galo, ou de Vagner Love, selando o empate contra o Vasco, tiveram a minha emoção. Só que também teve a emoção das mãos Fernando Prass, classificando o Verde para a final do Paulista, ou de Holly Holm, mais bruta, acabando com a invicta Ronda Rousey, sempre através de tempo real, minuto a minuto, ou em humildes análises daquilo que pensei sobre o jogo.
Desde minha aprovação, foram nove meses de VAVEL Brasil em 2015. Nem um ano, realizando sonhos de levar ao leitor um pouco de tudo. Um pouco de futebol, lutas, basquete, vôlei, tênis, sorteios, especiais, análises, entrevistas... Chegadas e saídas, pela manhã, tarde ou madrugada, estive presente. E, se depender de mim, em 2016, será ainda mais puxado e de mais eventos, in loco ou não, mas tendo a mesma importância.
Para finalizar, um muito obrigado do tamanho do crescimento da VAVEL para quem confiou em mim, como a Natália e o Marcello. Um casal sensacional e que podem contar comigo para tudo.
Já para o leitor, um 2016 de muita saúde, paz, alegrias e sucesso. Estaremos aqui para levar o máximo possível do mundo esportivo. E que venha Estadual, Nacional, Libertadores, Sul-americana, Copa América, Champions League, Liga Espanhola, UFC, Boxe, NBB, NBA, Masters e Grand Slams, sorteios, Recopas, Mundiais, treinamentos, entrevistas, contratações, despedidas e chegadas. A VAVEL certamente estará com você em todas elas.
Muito obrigado!